Promoções: pessoenses devem gastar R$ 5,3 milhões na Black Friday

Finalmente chegou o dia para os consumidores conferirem se os descontos da Black Friday no comércio virtual serão reais. Em João Pessoa, as compras feitas durante a campanha deverão chegar a R$ 5,320 milhões, alta de 12% sobre a edição do ano passado (R$ 4,743 milhões). A estimativa é do Busca Descontos, em parceria com a ClearSale. Para não perder receita, as lojas físicas da capital paraibana também adotaram a estratégia, inclusive com dias estendidos de desconto que podem chegar até domingo.

As grandes redes de hipermercados da Paraíba (Extra e Bompreço) e os varejistas de rua e de shopping centers na capital informaram que estão com descontos agressivos nos itens de até 80% e alteraram o horário de funcionamento. O Shopping Tambiá, por exemplo, vai abrir uma hora mais cedo (8 horas) e hipermercados começaram nessa madrugada o período promocional. Já a unidade do Armazém Paraíba da Lagoa abrirá as portas com uma hora de antecedência e fechará uma hora mais tarde. “Somente nesta sexta-feira espera-se vender o equivalente a 12% do faturamento mensal da loja porque as ofertas são agressivas. Teremos ventilador de R$ 89,00 por R$ 39,90”, destacou o gerente David Oliveira.

No Shopping Tambiá, a gerente da Amarelo Mel, Kelma Figueiredo, destacou que o abatimento ficará entre 20% e 70%, mas somente nas roupas antigas. “Esperamos que a Black Friday traga um incremento de 30% nas nossas vendas”. Nas ruas, muitos consumidores planejam conferir as promoções. “Estou pesquisando preço com antecedência para checar se realmente haverá promoção”, contou o chefe de cozinha Stanley Paiva.

A mestre em Direito Econômico Mariana Tavares lembrou que os lojistas terão que prestar informações claras aos clientes.

“Essa transparência tem que ocorrer desde a divulgação até questões como troca do produto”, alertou.

CONSUMIDORES ATENTOS

Os consumidores no Brasil estão mais atentos a falsos descontos na Black Friday, e têm pesquisado com antecedência os preços dos produtos que desejam comprar. A prática, recomendada por órgãos de defesa do consumidor, é adotada por 82% das pessoas que já participaram de uma edição anterior do festival de descontos. A conclusão é de pesquisa feita com 1.741 pessoas acima de 18 anos pela plataforma PiniOn, especializada em captar a opinião a respeito de marcas e temas diversos por meio de seu aplicativo mobile. "Quando a Black Friday começou no Brasil, muita gente dizia que os descontos não eram de verdade, já que os preços eram aumentados uma semana antes. O brasileiro já está mais esperto com isso e está tentando não cair nesse falso desconto", diz Talita Castro, analista de pesquisa do PiniOn.

A pesquisa mostra que 26% dos consumidores da Black Friday enfrentaram problemas ao fazer compras durante a data.