ECONOMIA
Receita faz cerco aos itens importados
Receita Federal irá intensificar ações no aeroporto Castro Pinto e Região Metropolitana, para coibir importações irregulares.
Publicado em 22/03/2012 às 6:30
O cerco aos 'muambeiros de luxo' e aos produtos importados ilegais será intensificado pela Receita Federal a partir da próxima semana no Aeroporto Castro Pinto, na Zona Metropolitana de João Pessoa. A ação faz parte da operação 'Maré Vermelha', desencadeada na última segunda-feira pela Receita Federal em todo o país com o objetivo de coibir irregularidades na importação de produtos no país.
Segundo o inspetor-chefe da Receita Federal na Paraíba, Paulo Sérgio Costa, que está coordenando a operação no Estado, as ações se concentrarão no Porto de Cabedelo e no Castro Pinto.
“Nossas fiscalizações no Porto já foram intensificadas. Na próxima semana iremos intensificar também as ações no aeroporto com a fiscalização de produtos enviados por empresas e posteriormente vamos começar a fiscalizar também as bagagens de passageiros dos voos domésticos”, informou Costa, sem revelar quando as fiscalizações a voos domésticos serão iniciadas. Importações legais chegaram a US$ 1 bi na Paraíba em 2011.
Na Paraíba, inicialmente seis auditores e três analistas fiscais ficarão envolvidos na operação. Em todo o país, a operação vai priorizar produtos cuja importação tem prejudicado a indústria nacional, como vestuário, calçados, brinquedos, eletroeletrônicos, bolsas, artigos de plástico, pneus, cosméticos e perfumaria. “Nesta operação vamos intensificar não somente as fiscalizações aos produtos importados por empresas, como também aqueles produtos trazidos por pessoas que viajam a outros países”, disse Paulo.
Comerciantes e empresários paraibanos já festejam a operação, acreditando que a entrada ilegal de produtos importados no país será coibida, diminuindo a concorrência desleal dos produtos que são vendidos a preços mais baixos por causa da sonegação dos impostos. “Esta operação é muito bem-vinda. Os chamados 'sacoleiros internacionais' não pagam impostos e estão prejudicando muito o comércio. Inibindo esta prática, o governo não está protegendo só o varejo, mas também mantendo empregos e garantindo a arrecadação dos impostos”, diz o presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas, José Artur Almeida.
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