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ECONOMIA

Redução na conta da luz será de 17,2%

Redução foi anunciada pelo ministro Guido Mantega; ele informou que percentual maior ainda está sendo estudado pelo governo.

Publicado em 06/12/2012 às 6:00

O governo estuda como fará para garantir redução de 20,2% da tarifa de energia, disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele ressaltou que está assegurada redução média 17% a partir de fevereiro de 2013. "O resto, o governo ainda irá atrás", disse Mantega.

O ministro ressaltou que o governo já deu sua contribuição para queda nas tarifas. Ele disse que não há espaço fiscal para redução das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) como forma de garantir o desconto médio de 20%. Segundo ele, o governo estuda outras desonerações mas as contas estão apertadas.

Mantega disse que se surpreendeu com a recusa de algumas concessionárias em aderir à proposta do governo."Ficamos surpresos com a falta de colaboração em uma medida tão importante para a economia brasileira e para todos. A desistência dessas empresas nos coloca um problema para resolver.

Estamos estudando para ver como é que vamos fazer", disse.

O ministro destacou o fato de as concessionárias desistentes atenderem aos estados de São Paulo, Minas Gerais, do Paraná e de Santa Catarina. "São empresas nos estados que mais vão se beneficiar, principalmente São Paulo e Minas, pela alta concentração de indústria, comércio e serviços. Temos dado crédito, espaço fiscal, trabalhado para que esses estados ampliem os investimentos", disse.

Mais cedo, a presidenta Dilma Rousseff também comentou a redução das tarifas em um evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Ela disse que o governo não abrirá mão das taxas mais baratas. O percentual menor do desconto é atribuído à recusa das companhias Energética de São Paulo (Cesp), Energética de Minas Gerais (Cemig) e Paranaense de Energia (Copel) em aderir à proposta.

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-geral) criticou ontem a recusa de Cemig e Cesp, companhias energéticas de Minas Gerais e de São Paulo, em aderir à renovação de concessão de todas as suas geradoras.

Com isso, o percentual de queda da conta de luz em residências ficará em torno de 10%, abaixo do percentual desejado pelo governo federal.

Questionado se os Estados de Minas Gerais e São Paulo, governados por partidos tucanos, deram um tom político à questão, Carvalho respondeu: "Eu não posso dar esse qualitativo. A gente só lamenta esse fato, já que tantas outras empresas aderiram. Mas é da vida, é da luta".

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Jornal da Paraíba

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