Os medicamentos começaram a pesar mais no bolso da população. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos da Anvisa autorizou o reajuste anual dos preços em até 4,5%, deixando os
remédios mais caros. Entenda como fica o aumento no preço final ao consumidor.
Remédios mais caros
O percentual de 4,5%, que funciona como um teto (valor máximo), foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (28).
Em nota, o Ministério da Saúde informou que o valor é o menor praticado desde 2020 e que o percentual "não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste".
Quando as farmácias vão aplicar o aumento?
As farmácias podem aplicar esses 4,5% de reajuste de uma vez ou "parcelar" esse aumento ao longo do ano. Mas, até março do ano que vem (quando a Câmara de Regulação deve soltar nova regra), farmácias e fabricantes não podem aplicar reajustes maiores que esse. O aumento, portanto, não é imediato, tendo em vista que o percentual de 4,5% é no preço de fábrica, sendo reajuste no preço final ao consumidor.
Por que houve aumento?
Para chegar ao índice e deixar os remédios mais caros, a CMED observa fatores como a inflação dos últimos 12 meses (IPCA), a produtividade das indústrias de medicamentos, custos não captados pela inflação, como o câmbio e tarifa de energia elétrica e a concorrência de mercado, conforme determina o cálculo definido desde 2005. Na resolução sobre o reajuste, o conselho informa que as empresas produtoras deverão dar "ampla publicidade" aos preços de seus medicamentos, não podendo ser superior aos preços publicados pela Câmara de Regulação no portal da Anvisa.
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