ECONOMIA
Risco de compra por impulso cresce
Economista alerta consumidores para o risco das compras por impulso; endividamento do final do ano pode durar todo o ano seguinte.
Publicado em 18/12/2012 às 6:00
Na semana que antecede o Natal, fazer compras com o cartão de crédito apenas por impulso pode ser um ‘suicídio financeiro’, segundo o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Samy Dana. Faltando poucos dias para a maior data de vendas do varejo, o consumidor paraibano precisa ficar atento e fugir para que o endividamento não seja um ‘presente’ caro para pagar ao longo de 2013.
Segundo dados do Banco Central, o cartão é o campeão de inadimplência e cerca de 30% dos créditos concedidos estão em atraso. Isto porque, conforme Samy, muitos usuários do ‘dinheirinho de plástico’ não sabem como usá-lo corretamente.
“O cartão de crédito é um instrumento que pede perícia para uso. O que é isto? Significa que precisa ser usado de certa forma e em certas situações e não descontroladamente. Se usado sem controle, pode causar estragos grandes ao orçamento e resultar naquilo que chamo de ‘suicídio financeiro’”, comenta.
Um dos maiores problemas listados pelo especialista é não conhecer o saldo do cartão para o próximo mês. “Isto acontece porque muitas pessoas fazem pequenas compras e milhares de vezes e não anotam os valores que vão para os meses seguintes, daí perdem as contas de quanto precisarão pagar”, explica.
Outro ponto é aquilo que o marketing natalino mais aposta: as compras por impulso. “O consumo é inerente ao ser humano e, enquanto houver limite, a pessoa pode seguir comprando. Mas não pode ser assim. Evitar a compra por impulso é muito importante, especialmente nesta época que é tão propícia e quando são feitas tantas ofertas”, completa.
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