ECONOMIA
Salão de Artesanato quer movimentar R$ 1,650 mi
Evento, que está em sua 19ª edição, será realizado de 19 de dezembro a 26 de janeiro no Jangada Clube, em João Pessoa.
Publicado em 19/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:12
As vendas no Salão de Artesanato deste ano devem aumentar 10% em relação ao ano passado e alcançar um faturamento de R$ 1,650 milhão. A estimativa é da gestora do Programa do Artesanato da Paraíba (PAP), Ladjane Barbosa. Este ano o evento, que está em sua 19ª edição, será realizado de 19 de dezembro a 26 de janeiro no Jangada Clube, em João Pessoa, e terá como tema as fibras.
Esta versão do salão deverá contar com produtos originários de 128 municípios paraibanos. De acordo com a gestora do PAP, uma das novidades programadas para 2013 será a colocação de uma oca (moradia indígena) em pleno salão.
“O objetivo é resgatar a arte indígena, com seus utensílios como armas, pintura, rede de pesca, enfim, sua cultura. Pedimos, inclusive, para alguns índios da Baía da Traição, irem caracterizados”, enfocou Ladjane Barbosa.
Já o presidente do Sindicato dos Artesãos Profissionais da Paraíba, Isaquiel José de França, se mostrou mais otimista em relação à receita deste ano do salão. Para ele, o faturamento ficará entre R$ 1,8 milhão e R$ 2 milhões.
Isaquiel de França disse que grande parte das vendas se concretiza após as festas de fim de ano, por causa dos turistas que vêm a João Pessoa durante o período de férias. “Isso porque quem compra mais no Salão de Artesanato são os turistas que vêm à capital paraibana nesta época do ano. Dados do Estado apontam que mais de 90% dos visitantes que vêm à Paraíba se concentram em João Pessoa e Campina Grande”, disse.
Em alusão ao tema deste ano, as matérias-primas extraídas do fundo do mar, fibras vegetais típicas da região litorânea e a arte indígena produzidas pelas nações Tabajaras e Potiguaras da Baía da Traição formarão um universo criativo, que será destaque no Jangada Clube.
Ladjane Barbosa disse que os visitantes poderão encontrar peças exclusivas a preços variados, aprender sobre a cultura paraibana e ainda colaborar para a geração de emprego e renda. “Será muito importante esse resgate e valorização das fibras vegetais e do artesanato indígena. A feira só começa em dezembro, mas a produção está em ritmo acelerado e todos os últimos preparativos estão em andamento para a abertura oficial”, garantiu.
Segundo ela, este ano a organização do evento está mais exigente, tentando evitar que “falsos artesãos” tentem comercializar seus produtos no local. “Recebemos denúncias de que pessoas estão comprando, por exemplo, bijuteria para comercializar no salão. Isto é uma forma de burlar as normas,.
Espero que estas pessoas busquem outros locais para vender seus produtos, porque queremos profissionais que vendam o que produzem com suas mãos”, explicou.
O 19º Salão de Artesanato da Paraíba é uma promoção do governo do Estado, por meio do PAP, que é vinculado à Secretaria de Estado do Turismo e do Desenvolvimento Econômico (Setde), sob a coordenação geral da primeira-dama do Estado, Pâmela Bório.
LICITAÇÃO QUER EVITAR CONTRATEMPOS
A gestora do Programa do Artesanato da Paraíba (PAP), Ladjane Barbosa, disse que este ano o Sebrae já licitou a empresa responsável pela montagem da estrutura do Salão de Artesanato, que será um empreendimento do Recife, em Pernambuco. Segundo ela, para evitar que os problemas ocorridos no ano passado, o Termo de Referência de 2013, documento usado na contratação do empreendimento, estará mais exigente quanto às obrigações das empresas.
“Espero que este ano a empresa licitada cumpra o que lhe é de direito e se não cumprir receberá as penalidades devidas. Todo ano fazemos um bom Termo de Referência, citamos inclusive o tipo de lona a ser usado, mas o problema é se a empresa vai cumprir as exigências previstas no contrato”, destacou.
No ano passado, alguns artesãos que expuseram suas peças sob tendas durante o salão enfrentaram prejuízos. A cobertura não suportou o volume d'água proveniente das chuvas típicas do mês de janeiro e foram danificadas.
“Na época, enviamos um relatório à Secretaria de Turismo pedindo que a situação não se repetisse este ano”,contou o presidente do Sindicato dos Artesãos Profissionais da Paraíba, Isaquiel José de França.
Comentários