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ECONOMIA

Saldo de empregos apresenta queda de quase 6 mil postos em março

A queda, pelo segundo mês consecutivo, foi impulsionada pelos setores da agropecuária e indústria de transformação.

Publicado em 23/04/2015 às 18:51

O saldo de empregos formais na Paraíba no mês de março apresentou queda de 5.691 postos de trabalhos, a maior retração da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A queda, pelo segundo mês consecutivo, foi impulsionada pelos setores da agropecuária (-2.736) e indústria de transformação (-2.283).

As atividades da construção civil (-573) e comércio (-204) também contribuíram para o saldo negativo. No Nordeste, a Paraíba aparece como o segundo pior saldo de postos de trabalhos do mês de março, perdendo apenas para Pernambuco (-11.862).

Segundo o economista e supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Renato Silva, o baixo desempenho do mês de março ocorreu por causa da entressafra do setor sucroalcooleiro no Estado, registrando também queda em seus subsetores da indústria de bebidas e alimentação. “A tendência para os próximos meses ainda é de queda, no entanto, espera-se um melhor desempenho no saldo de empregos no segundo semestre, quando estiver passada esta fase de ajustes da economia”, frisou Renato Silva.

Municípios

O Caged ainda apontou que o município paraibano com o pior saldo no mês de março foi Santa Rita, com perda de 2.088 trabalhadores. Em segundo lugar vem Mamanguape (-705) e em seguida João Pessoa (-592). Campina Grande apresentou uma pequena queda (-29). De acordo com Renato Silva, a produção da cana-de-açúcar contribuiu para a dispensa de trabalhadores nestas duas cidades, já que a economia da região tem influência das usinas presentes nos municípios. Na capital paraibana a retração foi motivada pelo comércio, construção civil e serviços.

Trimestre

No acumulado deste ano, a Paraíba registrou um saldo de menos 7.525 empregados com carteira assinada. No mesmo período do ano passado este número foi bem menor, chegou a uma queda de 860 postos. Isso significa que as perdas deste ano equivalem a mais de oito vezes o volume registrado no primeiro trimestre de 2014.

Imagem

Jornal da Paraíba

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