ECONOMIA
Salões buscam qualificação
Com o crescimento da competitividade no segmento da beleza, profissionais precisam, agora, aperfeiçoar gestão para se manter no mercado.
Publicado em 30/03/2014 às 8:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 15:09
Com crédito mais acessível, abrir um salão de beleza atualmente não é mais uma dificuldade, mas conquistar clientes e manter o negócio de portas abertas é privilégio exclusivo dos profissionais que buscam a qualificação antes de se arriscar no mercado da beleza. A competitividade do setor exige planejamento, além de uma boa dose de criatividade.
Sem essas características, é possível que o empreendimento encerre as atividades antes do previsto.
A gestora do projeto Beleza, do Sebrae-PB, Raquel Santos, disse que quem pretende entrar nesse ramo precisa fazer um planejamento bem elaborado antes da abertura da empresa.
“Geralmente alguém faz um curso profissionalizante de escovista, vai trabalhar em um salão, e quando junta uma quantia, decide abrir seu próprio salão”, declarou. Nesse caso, apesar de ter a técnica, falta à escovista o conhecimento da parte de gestão.
Por conta dessa deficiência, segundo Raquel, muitos salões fecham as portas tão rapidamente. “O Sebrae orienta que o empresário faça todo um planejamento. Muitas pessoas têm o conhecimento técnico, mas para que a empresa sobreviva no mercado é fundamental que tenham conhecimento sobre como gerir o negócio”, frisou.
Conforme Raquel, ainda há muitos salões na informalidade funcionando em João Pessoa, mas já houve avanços neste sentido. “Quando os profissionais se qualificam também buscam a regularização da empresa”, acrescentou a gestora.
“Os salões fecham porque os proprietários não sabem administrar, por isso o nosso foco é na parte da gestão”, destacou.
“Os profissionais precisam participar de feiras, simpósios e buscar sempre a qualificação para atender aos anseios de uma clientela cada vez mais exigente”, declarou.
Foi o que fez a cabeleireira Roseane Santos Diniz, que há 10 anos abriu um salão de beleza na desembargador Souto Maior, no Centro de João Pessoa, e há três anos transferiu o estabelecimento para novas e modernas instalações no bairro de Manaíra. “Sempre busquei me qualificar, saber o que há de novo no mercado da beleza, porque o cliente é bem informado e sempre está por dentro das novas tendências”, frisou.
Durante os sete anos que passou no Centro, Roseane conquistou uma cartela de clientes fiéis, que estão com ela até hoje.
“Atribuo isso ao meu interesse de sempre saber o que há de novo, quais as novas técnicas de tintura, mechas, etc”, explicou. A ideia de transferir o salão do Centro para a praia surgiu, segundo a cabeleireira, durante um seminário sobre empreendedorismo.
“Isso abriu minha visão, como empreendedora percebi que meu potencial era maior, eu poderia ir além”, afirmou.
Uma exigência de Roseane como patroa é que todos os profissionais que trabalhem com ela também procurem o aperfeiçoamento. A orientação dela serve para as manicures, a auxiliar de cabeleireira e a esteticista.
“A capacitação é primordial para o sucesso do negócio. Já vi muitos salões fechando porque os profissionais estavam parados no tempo, com o conhecimento ultrapassado”, destacou Roseane.
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