ECONOMIA
Setor de serviços lidera polos
Com forte presença de segmentos de serviços nos PIBs das cidades polos, economia é completada por atacado e varejo.
Publicado em 07/07/2013 às 11:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:20
Para o economista do Ideme Geraldo Lopes, Patos polariza um grande número de municípios da região do sertão da Paraíba, de Pernambuco e do Rio grande do Norte. Em 2010, segundo dados do Ideme, o setor de serviços teve participação de 81% nos índices econômicos da cidade como o PIB, mas a sua pujança econômica é reforçada pelas atividades de comércio (atacadista e varejista) e pela a presença de um campus universitário – que fomenta geração de mão de obra qualificada.
“É importante considerar ainda que, nos últimos anos, o setor industrial vem registrando crescimento. A perspectiva é que, no médio prazo, esse setor mantenha a sua importância na geração de emprego e renda na economia patoense. Já a dinâmica do setor agropecuário é baixa, em função do município estar inserido no semiárido paraibano”, comentou Lopes.
Além de Patos, o município de Sousa também polariza um significativo número de municípios no Sertão da Paraíba e até mesmo do Rio Grande Norte. As atividades de comércio, educação, turismo, transportes e industrial dão a dinâmica da economia local.
Mas, como no exemplo anterior, os serviços lideram os indicadores.
Ainda conforme o Ideme, o setor de serviços participou com 68% do 'Valor Adicionado' em Sousa, a indústria com 28% e a agropecuária com 4,09%. Apesar de parecer menos relevante, conforme o economista, o setor agropecuário do município possui um forte potencial.
“O solo é propício ao desenvolvimento desta atividade, principalmente nos perímetros irrigados de São Gonçalo e Das Várzeas de Sousa. Dessa forma, é possível que sua dinâmica econômica passe por modificações com mudanças em sua estrutura produtiva”, acrescentou.
Cajazeiras tem características semelhantes a Sousa de hoje. Geraldo Lopes explica que, em 2010, a estrutura setorial da economia de foi prioritariamente ligada aos serviços (82,26%). Em segundo lugar, aparecia a indústria (16,34%) e, por fim, a agricultura (1,39%).
“As atividades de comércio, educação média e superior, além dos serviços de saúde, representam a economia local como sendo responsáveis pela maior parte da renda gerada no município”, disse.
NO BREJO
Na outra ponta, saindo do sertão para o brejo da Paraíba, Guarabira aparece como polo dos municípios paraibanos da região. Em 2010, a economia da cidade foi potencializada principalmente no setor de serviços, comércio e educação (72,95%).
Seguindo esses, a indústria com 24,63% e, mais modestamente, a agropecuária com 2,43% - com a mesma tendência dos exemplos anteriores.
PIB DO CONDE REGISTROU MAIOR VARIAÇÃO
Segundo os dados do IBGE, o Conde foi o município que mais elevou o seu PIB entre 2009 e 2010 (+18,8%, saindo de R$ 268 mil para R$ 318 mil). Essa taxa foi puxado pela presença mais intensa de indústrias na região. Para 2013, o IPC Maps prevê um consumo de R$ 199 milhões em 2013. “Em 2010, o setor industrial participou com 39,46% no crescimento da economia local. Embora os serviços tenham uma participação maior (56,47%), é importante considerar que todos os municípios do litoral paraibano terão uma efervescência maior de crescimento nos próximos anos. Os setores industrial e turístico deverão ser os geradores de emprego e renda para as cidades da região”, frisou Geraldo Lopes.
O Litoral Sul deverá ser potencializado também com a implantação da Região Integrada de Desenvolvimento (RID) entre a Paraíba e o vizinho Pernambuco. “Quando consolidada será importante instrumento de desenvolvimento do Estado”, acrescentou.
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