Setor náutico da PB tem potencial

O setor náutico tem potencial de expansão na economia da Paraíba. Além de contar com incentivos fiscais estaduais, o setor recebeu no ano passado a chegada de um estaleiro para fabricação de embarcação de recreio, fruto da iniciativa privada, e mais outros dois devem ser implantados nos próximos meses.

Quatro píeres também serão construídos na área costeira paraibana, incentivando o turismo. Para fortalecer e dar mais visibilidade ao setor, será realizada, de amanhã até o dia 15, a I Semana Náutica da Paraíba.

Neste domingo, durante a abertura, ocorrerá às 10 horas o passeio de jet ski, saindo do Sport Mania, na praia de Areia Dourada, entrada de Cabedelo.

Os interessados devem pagar uma taxa de R$ 30,00 e terão direito a uma camisa. Na ocasião será oferecido um café da manhã. “Poderá participar do passeio qualquer pessoa que tenha jet ski e habilitação náutica”, afirmou Matheus Ribeiro, presidente da Associação Náutica da Paraíba.

O evento, que será realizada no litoral de João Pessoa, mais precisamente em Cabedelo e Lucena, reunirá modalidades náuticas em uma única semana. As ações vão desde passeio de jet ski à pesca, passando por workshops e palestras.

O secretário executivo de Indústria e Comércio da Paraíba e também presidente do Comitê Náutico da Paraíba, Marcos Procópio, afirmou que a ideia do governo é colocar a atividade náutica e turística como prioritárias na área costeira do Estado.

“Temos um dos melhores índices per capita do Nordeste em aquisição de barcos e este ano juntamos instituições ligadas direta e indiretamente à área náutica e formamos um Comitê Náutico da Paraíba. Pretendemos criar várias ações voltadas a este setor e uma delas é a criação de quatro píeres, fortalecendo também o setor turístico do Estado”, afirmou o secretário Marcos Procópio.

De acordo com o secretário, um dos píeres será instalado em João Pessoa e os demais entre o bairro do Bessa até o final da cidade de Cabedelo. Ainda não foi definido quanto será investido nestes equipamentos porque este projeto está em fase de liberação da licença ambiental. Depois desta etapa vem o projeto de engenharia e em seguida a captação de recursos que, segundo Procópio, podem ser público ou privado.

Outra ação que está em fase de estudo para ser implantada na orla paraibana é a pesca do peixe tarpon (camurupim) que, segundo o secretário Marcos Procópio, é um tipo de atividade turística que movimenta milhões de dólares em países como os Estados Unidos (EUA). “A gente tem tarpon na Paraíba e não é explorado”, enfocou o secretário. O ciclo reprodutivo do peixe já está sendo estudado por estudiosos de instituições como o IFPB. Só depois destas informações será dado o início ao processo de pesca.

O presidente da Associação de Pesca Embarcada de Cabedelo, Luiz Humberto Guedes, disse que o Tarpon é um peixe extremamente esportivo, por ser difícil de capturar, pode medir 1,80 metro de comprimento e pesar 150 quilos. “Temos Tarpon em toda a costa paraibana e o nosso diferencial é que há a presença dele também no Rio Paraíba. O estudo do ciclo deste peixe só será concluído em 2014”, disse Luiz Humberto.