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ECONOMIA

Sonhos de consumo exigem planejamento

Planos de comprar imóvel, carro zero ou viagem precisam envolver a família.

Publicado em 13/01/2013 às 14:00


A cada início de novo ano, virou lugar comum traçar metas e objetivos para serem alcançados. O sonho da casa própria, do carro zero, de uma reforma ou até de uma grande viagem costuma ganhar novo fôlego. É preciso, porém, ficar bem atento à renda familiar para que os sonhos de ano novo não se transformem em um pesadelo.

Para o consultor de finanças pessoais Guilherme Baía, o caminho para a aquisição desses sonhos de consumo gira em torno de três esferas: um cronograma, uma lista de tarefas e responsáveis.

“Em primeiro lugar, os planos devem envolver toda a família, só assim será possível conquistar o comprometimento de todos, sendo cada integrante responsável pela despesa da casa. Além disso, cada objetivo deve ter um prazo para ser cumprido, pois isso favorece o acompanhamento e permite ajustes no percurso”, resumiu.

No entanto, o especialista adverte que, antes de traçar um projeto, é ideal que a família quite todas as dívidas em aberto.

“Se houver dívidas, é melhor que o dinheiro que seria destinado à poupança seja usado no abatimento desses débitos e, no momento de se realizar o plano, a família avalie qual modalidade de crédito é a mais interessante, caso esse objetivo não possa ser adiado”, detalhou.

Sobre o assunto, o economista Cláudio Rocha acredita que a reserva de 10% da renda familiar por mês é capaz de gerar um bom montante capaz de ajudar na realização de um grande projeto sem que as despesas do dia a dia sejam prejudicadas.

“Fazer esse tipo de economia não é muito difícil. A recomendação que dou é que o consumidor tente eliminar gastos supérfluos, itens desnecessários para a família, ou então tente substituir alguns produtos por outros semelhantes e mais baratos, como a carne vermelha pela carne de frango”, alertou o especialista, lembrando ainda a possibilidade de reduzir as contas de água ou de energia elétrica em, pelo menos, 10% também são válidas.

Fazendo um cálculo rápido, uma família com uma renda mensal de R$ 2 mil que economize 10% do salário (R$ 200,00) chega a acumular R$ 2.454,87 em 12 meses de aplicação em poupança e R$ 5.033,27 em dois anos, o equivalente a pouco mais de 15% de entrada de um veículo de R$ 30 mil. Se a mesma família conseguir economizar 15% da renda mensal (R$ 300,00), o valor acumulado na poupança pode chegar a R$ 7.550,00 nos mesmos 24 meses.

“Esse controle pode ser feito facilmente através da utilização de uma planilha simples de orçamento doméstico, onde a pessoa pode separar cada gasto por categorias como ‘Alimentação’, ‘Lazer’ e ‘Habitação’, o que ajuda a verificar onde as despesas estão pesando mais”, explicou.

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Jornal da Paraíba

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