ECONOMIA
Sousa e Campina Grande têm a gasolina mais cara da Paraíba
Pesquisa da ANP também verificou preço dos combustíveis em João Pessoa, Cabedelo, Bayeux e Patos.
Publicado em 04/09/2018 às 11:24 | Atualizado em 04/09/2018 às 16:46
As cidades de Sousa, no Sertão da Paraíba, e Campina Grande, no Agreste, têm a gasolina mais cara do estado, de acordo com o levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A pesquisa foi feita entre os dias 26 de agosto e 1 de setembro nas seis principais cidades da Paraíba. De acordo com a ANP, o preço médio do combustível em Sousa é de R$ 4,62 e em Campina, a média é de R$ 4,57.
Em Sousa a pesquisa foi feita em sete dos 13 postos que existem na cidade e em Campina, em 13 dos 52 postos. A pesquisa ainda foi feita em João Pessoa, onde o preço médio encontrado foi de R$ 4,14; Bayeux, com R$ 4,23; Cabedelo, com R$ 4,25; e Patos com o preço médio de R$ 4,43.
De acordo com a Coordenadora Executiva do Procon de Sousa, Gerlania Araújo, o Procon faz pesquisa todos os meses para monitorar o preço do combustível na cidade e evitar cobranças abusivas. Ela diz que o alto custo do combustível na cidade se dá por conta do valor do frete que cobrado para fazer o transporte do produto. Quanto mais longe do porto for a cidade, mais caro o frete para os donos dos postos, o que acaba refletindo no valor do combustível.
O Combustível distribuído na Paraíba sai dos portos de Cabedelo, na Paraíba, e Suape, em Pernambuco. A distância de Sousa até o posto de Cabedelo, onde o combustível chega e é encaminhado para os postos, é de cerca de 500 km e a distância entre Souza e o Porto de Suape é de aproximadamente 600 km.
Campina Grande na metade do caminho
Já em Campina Grande, onde a diferença do valor da gasolina em relação a Sousa é de cinco centavos, a distância entre a cidade e o Porto de Cabedelo é de cerca de 150 km e de cerca de 250 km do porto de Suape, metade do caminho para Sousa.
Uma pesquisa do Procon de Campina Grande nos postos de combustíveis da cidade, realizada entre os dias 16 e 17 de agosto, identificou a possibilidade de existência de uma tabela média de preços em 70% dos 52 postos visitados na pesquisa. O Procon protocolou uma denúncia ao Ministério Público, que vai investigar a suspeita de formação de cartel na cidade.
De acordo com o coordenador do órgão, Rivaldo Rodrigues, cerca de 10 postos já foram notificados pela prática abusiva nos preços do combustível. Se o processo de notificação do Procon for até o fim, os postos podem ser multados em até R$ 15 mil reais.
* Sob supervisão de Aline Oliveira
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