ECONOMIA
Tecidos lideram alta na capital
Pesquisa indica que nenhum segmento cresceu tanto no primeiro trimestre de 2013; elevação foi de 16,76% sobre os três primeiros meses de 2012.
Publicado em 21/05/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 17:08
As festas juninas ainda nem chegaram, mas o primeiro trimestre deste ano foi de forte alta para as lojas de tecido em João Pessoa. Segundo pesquisa do Instituto Fecomércio da Paraíba (Ifep), nenhum segmento cresceu tanto no período com elevação de 16,76% sobre os três primeiros meses de 2012, bem acima da média geral do comércio em João Pessoa (+4,48%).
O gerente de uma loja de tecidos da capital, Luciano de Souza, disse que o segmento acumula bons números desde o começo do ano. “Os meses mais fortes foram janeiro e fevereiro – com altas de 18% e 22%, respectivamente. Mas maio vem sendo muito bom, com crescimento de 16% até agora e acumulando uma expansão de 20% nos cinco meses de 2013 sobre o ano passado”, comentou.
Segundo Souza, as vendas do trimestre contaram com o impulso da renovação de roupa de cama nos hotéis, pousadas e hospitais de João Pessoa. “Essas empresas representam uma grande parte dos nossos clientes e a procura por tecidos é alta no começo do ano. Agregado a isto, no período de férias, paraibanos do interior do Estado vem para a cidade para comprar”, afirmou.
Os tecidos mais procurados nas lojas de João Pessoa neste ano foram o cetim, o oxford e o percal. Estes três possuem preços acessíveis e, no caso dos dois últimos, tiveram até queda de 'cifras' do ano passado para cá. “Hoje, o metro do oxford custa R$ 5,50 (um real a menos do que em 2012) e o percal caiu de R$ 18,90 para R$ 14,90. Já o cetim mantém o mesmo preço, custando R$ 4,80 por metro”, pontuou o vendedor Micherlon Costa.
Com relação aos tecidos mais finos, os preços também não sofreram alterações significativas o que pode ter ajudado nos números positivos das vendas do segmento. O metro da renda, por exemplo, varia entre R$ 69,00 (renda comum) e R$ 800,00 (renda rebordada).
PERFIL DE CONSUMIDOR
Apesar do preço 'salgado' das rendas em especial, comprar o tecido e mandar fazer essas 'roupas de festa' pode sair bem mais em conta para o consumidor. “É por isso que este perfil de cliente acaba sendo recorrente na loja. A procura por tecidos é maior entre adultos e idosos, que são mais tradicionais. Mas, para confeccionar roupas mais elegantes, a clientela cresce e contempla todas as idades”, comentou Micherlon.
É o caso da artista plástica Elenia Almeida. “Estou fazendo um levantamento dos preços e das estampas para o vestido que vou usar no casamento do meu neto. Além de mais barato, a gente ganha na modelagem".
SÃO JOÃO DEVE EXPANDIR VENDAS
As festas juninas devem ajudar ainda mais nos índices de vendas de tecidos da capital. O cetim (R$ 4,80/metro) e a chita (R$ 6,00/metro) estão entre os tecidos mais procurados e a estampa junina deverá ser a queridinha até o final do próximo mês. “As vendas para as quadrilhas juninas vão, sem dúvidas, refletir nos nossos números”, assegurou o gerente Luciano de Souza.
A costureira Fátima Silva contou que, para este ano, conseguiu uma encomenda de várias fantasias juninas. “Será uma festa numa escola, então comecei a procurar os tecidos”, afirmou.
Com preços baixos pelo metro, ela comemora os resultados que deverá conseguir contabilizar. “É a primeira vez que faço fantasias para o São João, mas acho que fazer a roupa com a costureira é bem mais barato e todo mundo sai ganhando”, finalizou.
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