ECONOMIA
Vale a pena morar em João Pessoa? Veja principais indicadores
Uma cidade pequena e tranquila, com baixo custo de vida e boas ofertas de trabalho? Veja indicadores e decida se vale a pena morar em João Pessoa.
Publicado em 05/08/2023 às 8:18 | Atualizado em 31/01/2024 às 16:51
João Pessoa é a cidade grande que teve o maior aumento populacional do país. Segundo dados do Censo 2022, a população cresceu em 110.417 habitantes. Fazem parte dos novos habitantes pessoas que buscam uma cidade pequena e mais tranquila, mas é preciso considerar também o custo de vida e trabalho, por exemplo. Será que vale a pena morar em João Pessoa?
O Jornal da Paraíba levantou os principais indicadores sobre a capital - entre eles, a cesta básica, emprego e salário - para ajudar o leitor a decidir se vale a pena se mudar para João Pessoa. Confira:
Custo da cesta básica em João Pessoa
Em junho de 2023, João Pessoa possui a terceira cesta básica mais barata das capitais do Brasil, no valor de R$ 604,89. A cidade perde apenas para Salvador (595,84) e Aracaju (567,11). Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, que calcula o custo e variação da cesta básica em 17 capitais.
PIB
João Pessoa foi responsável por quase um terço (29,5%) do PIB da Paraíba, em 2020, quando registrou R$ 20,7 bilhões. Apesar de ser uma parcela significativa, essa foi a menor participação registrada desde o início da série histórica, em 1999 (30,8%). No ranking nacional, entre as 27 capitais, o PIB da capital ocupa a 21ª posição.
O setor de serviços, sem considerar atividades da administração pública, contribuiu com cerca de R$ 10,6 bilhões, correspondendo a 51,1% do PIB. O ramos da administração pública teve a segunda maior participação com 19,5%, seguido pela indústria com 16,2%.
Número de empresas ativas
Em 2021, João Pessoa registrou 22.240 empresas e outras organizações. Quase um terço dessas iniciativas pertencem ao setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (27,9%). As atividades administrativas e serviços complementares também se destacam representando 14,6%, seguido pelo ramo de construção com 11,6%.
Essas atividades empregam 283,6 mil pessoas. Cerca de 30,4% estavam ocupadas em atividades de administração pública, defesa e seguridade social. Outra parcelas significativas trabalhavam no setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (13,7%), no de atividades administrativas e serviços complementares (9,2%) e saúde humana e serviços sociais (9,2%), seguidos dos segmentos da construção (8,9%) e da educação (8,7%).
Vagas de emprego em João Pessoa
No primeiro trimestre de 2023, João Pessoa registrou uma taxa de desocupação de 9,9%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). A taxa representa a porcentagem de pessoas desempregadas.
Em comparação, a taxa é maior que a do Brasil (8,8%) e menor que a do Nordeste (12,2%)
A PNAD Contínua também calcula a subutilização da força de trabalho. Essa taxa é representada por pessoas que trabalham habitualmente menos de 40 horas no seu trabalho ou no conjunto de seus trabalhos e estavam disponíveis para trabalhar mais horas que as habitualmente trabalhadas.
Em João Pessoa, a subutilização da força de trabalho é de 19,7%. O Brasil registra uma taxa de 18,9% e o Nordeste subutiliza 30,3% da sua força de trabalho.
Salário médio na Paraíba
O salário médio mensal registrado em empresas e organizações na Paraíba é o menor Brasil, de acordo com as Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre). Os dados são do ano de 2021, mas foram divulgados em junho de 2023.
O valor registrado (R$ 2.385,25) ficou abaixo das médias do Brasil (R$ 3.266,53) e do Nordeste (R$ 2.585,46).
Segundo o levantamento, as maiores rendas médias pertenciam aos ramos de:
- Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados - 5,6 salários mínimos
- Educação - 4,9 salários mínimos
- Água, esgoto e atividades de gestão de resíduos e descontaminação - 3,8 salários mínimos
- Administração pública, defesa e seguridade social - 3,7 salários mínimos
Custo da construção civil
O custo médio da construção civil na Paraíba, no valor de R$ R$ 1.590,51 por metro quadrado, foi o 2º maior do Nordeste no mês de fevereiro. A informação é do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE).
Preço da gasolina comum em João Pessoa
João Pessoa é a 7ª capital com o preço do litro de gasolina comum mais barato do Brasil, com o produto sendo revendido por R$ 5,37, entre os dias 16 e 22 de julho deste ano. Em comparação com outras capitais do Nordeste, João Pessoa ocupa o segundo lugar, perdendo apenas para São Luís (MA).
A gasolina comum mais barata é de Campo Grande (R$ 5,20) e a mais cara é comercializada em Manaus (R$ 6,29).
Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Gás de cozinha
Segundo o Procon de João Pessoa, o preço do gás de cozinha oscilava entre R$ 89 e R$ 120, em maio de 2023. É a última verificação do órgão neste sentido.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis afirma que o preço final ao consumidor é R$ 107,29 em média no Brasil. Na Paraíba, a agência registrou o preço médio de R$ 109,65.
Passagem
João Pessoa é a 8ª capital com a tarifa de ônibus mais cara do Brasil, com a passagem custando R$ 4,70. No Nordeste, a cidade perde apenas para Natal, onde custa R$ 4,85.
Segurança
Entre todas as capitais brasileiras, João Pessoa tem o 8º menor número de mortes violentas registradas em 2022. Já na região Nordeste, a capital paraibana tem o melhor resultado.
Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023.
Verde
Em 2022, João Pessoa foi reconhecida como uma das cidades mais verdes do Brasil, de acordo com o índice Tree Cities of the World. O índice afirma que 19.780 árvores foram plantadas na capital. É o segundo ano seguido que a cidade conquista o selo.
Neste ano, o levantamento também destacou as capitais Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Campo Grande.
Praias de João Pessoa
João Pessoa possui uma lei constitucional que impede a construção de prédios altos na orla. Não é permitida a construção de edifícios com mais de 12,90 de altura, compreendendo pilotis e três andares. Os prédios mais altos que existem na orla foram construídos antes da publicação da lei, em 1989.
Prédios mais baixos melhoram o conforto ambiental na parte de trás da orla e qualificam a paisagem.
As praias urbanas de João Pessoa são monitorados semanalmente para identificar se estão próprias ou impróprias para banho. O relatório é emitido pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e analisa 20 trechos de 10 praias.
Confira os trechos que mais são registrados como impróprios:
- Bessa I - Em frente à desembocadura do Maceió do Bessa
- Cabo Branco - Em frente a rotatória do Cabo Branco
- Farol do Cabo Branco - Em frente a galeria de águas pluviais
- Manaíra - Diferentes trechos
Outros trechos precisam ser consultados semanalmente:
- Jacarapé - Em frente a Rua do Centro de Convenções
- Arraial - Em frente a desembocadura do Rio Cuiá
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