ECONOMIA
Valor da tarifa de ônibus deve impactar 2% no orçamento
Estes índices já levam em conta o novo valor do mínimo (R$ 622) e que cada trabalhador gasta duas passagens por dia.
Publicado em 29/12/2011 às 8:00
O reajuste do valor das passagens de transportes coletivos em João Pessoa, aprovado ontem, deverá causar um impacto de 2% no orçamento dos trabalhadores que recebem um salário mínimo por mês. Considerando o valor total destinado ao pagamento das passagens, a reserva mensal deve chegar a 22% do salário daqueles que ganham apenas o mínimo. Estes índices já levam em conta o novo valor do mínimo (R$ 622) e que cada trabalhador gasta duas passagens por dia.
Mesmo com o aumento aprovado (9,52%) ficando acima do índice oficial da inflação no acumulado dos últimos doze meses (6,64%), o presidente da Associação das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de João Pessoa (AETC-JP), Mário Tourinho, revelou que o reajuste calculado pelas empresas como necessário para cobrir todos os gastos com o serviço era superior ao aprovado ontem pelo Conselho de Transportes e Trânsito (CTT).
“Tínhamos uma planilha com um valor de reajuste acima do que foi aprovado, mas alguns itens que consideramos como, por exemplo, a manutenção da própria AETC, não são considerados pela STTrans (Superintendência de Transportes e Trânsito) como base para o cálculo oficial. Nossos custos são maiores que o que foi aprovado e este novo valor é o mínimo com o qual podemos trabalhar”, comentou Tourinho que não quis revelar o valor pretendido pelas empresas.
Segundo o presidente da AETC-JP, o valor calculado pela STTrans foi aceito em comum acordo por todos os integrantes do Conselho de Transportes e Trânsito e agora os empresários aguardam a apreciação pelo prefeito Luciano Agra (PSB).
Com relação ao aumento ter ficado acima do índice da inflação, Tourinho comentou que para a formação do preço são considerados também aspectos que vão além do aumento dos custos. “Para o cálculo do reajuste, é considerado o número de passageiros pagantes que transportamos. Neste ano, tivemos uma redução de cerca de 6% na quantidade de pagantes, o que não significa uma quantidade menor de pessoas transportadas já que cada vez mais passageiros têm utilizado os benefícios da integração temporal e da integração metropolitana”, avaliou.
A assessoria de imprensa da STTrans diz que a metodologia elaborada pelo órgão leva em consideração a variação dos preços dos insumos cobrados.
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