Varejo da Paraíba tem 3ª maior alta, mas ainda tomba no ano

Apesar do volume de vendas do varejo na Paraíba apresentar a 3ª maior alta do país com crescimento de 1,3% em julho sobre junho, os indicadores apontam ainda para uma forte retração este ano.
O dado positivo é que das 27 unidades da federação, apenas quatro, entre elas a Paraíba, registraram alta em julho sobre junho. Já 20 Estados apresentaram queda, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Contudo, as vendas caíram 1,8% em julho sobre o mesmo mês do ano passado, enquanto no acumulado dos 7 meses o recuo de 7% é o segundo maior do país, perdendo apenas para o Estado de Goiás (-9%).

O especialista em varejo na Paraíba, Jairo Pontes, explicou que o bom desempenho de julho ante junho foi algo pontual porque tudo indica que a retração nas vendas no varejo no Estado deve atingir dois dígitos. “As vendas em 2015 devem fechar com queda de 10% ou então bem próximo disso”.

Segundo Jairo, os fatos conjunturais do país como inflação em alta, aumento do índice de desemprego e inadimplência afetam diretamente o consumo, principalmente estados onde a renda da população é baixa, como a Paraíba. O especialista explicou que nos últimos anos, com os índices favoráveis ao consumo, economia mais equilibrada e benefícios sociais do governo federal destinados às camadas sociais mais baixas muitos foram às compras. Agora, isso tende a regredir.

Para o presidente da Federação das Associações Comerciais da Paraíba, Alexandre Moura, por causa da indefinição político-econômica do governo federal não há como os empresários do setor planejar estratégias para 2016. “Fica difícil se planejar já que a cada momento vem uma novidade de corte e alta de tributos”.

Todos os Estados do Nordeste fecharam os sete meses do ano com índices negativos.

Saiba mais

Nos dados do varejo ampliado, que incluem atividades com veículos e material de construção, a pesquisa do IBGE mostrou que as vendas na Paraíba tiveram queda de 8,3% em julho sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado dos sete meses deste ano, a retração já chegou a dois dígitos (-11,3%)