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ECONOMIA

Varejo paraibano perde fôlego e apresenta crescimento abaixo do esperado

Em relação ao varejo ampliado, a expansão em novembro foi de 2,9%, mas ficou em apenas 3% no acumulado do ano.

Publicado em 14/01/2015 às 17:09

O varejo paraibano voltou a perder fôlego em novembro de 2014 e cresceu apenas 1,4% em relação a novembro de 2013, segunda menor taxa de expansão entre os estados do nordeste. O índice, entretanto, ainda ficou acima do crescimento nacional, que foi de 1%. De outubro para novembro de 2014, o crescimento ficou em 0,7% na Paraíba, enquanto foi de 0,9% a nível nacional. No acumulado do ano, o comércio paraibano somou crescimento de 3,2% de janeiro a novembro. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao varejo ampliado paraibano, que inclui veículos, peças automotivas e
material de construção, a expansão em novembro foi de 2,9%, mas ficou em apenas 3% no acumulado do ano.

No país, os setores que sofreram maior queda foram “Veículos e motos, partes e peças”, com -9,5% no acumulado do ano, e “Livros, jornais, revistas e papelaria”, com -7,5%. Os resultados mais positivos se deram nos setores de “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria”, com 9,1%, e “Outros artigos de uso pessoal e doméstico”, com 7,8%.

Para o presidente da Federação das Associações Comerciais da Paraíba, Alexandre Moura, os índices refletem a economia do país como um todo. “Foi um ano ruim para o varejo”, disse. Alexandre, no entanto, considerou o resultado positivo, embora baixo, como uma vitória. “A gente esperava pelo menos repetir os resultados de 2013, qualquer crescimento já é uma vitória”, avaliou.

Alexandre Moura destacou que o comércio apresentou uma pequena recuperação em dezembro, que deverá aparecer na próxima pesquisa. Para 2015, ele prevê um ano difícil para o varejo. “O que temos visto até agora é que será um ano de aperto no crédito, que significa diminuição nas vendas”, afirmou.

O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campina Grande (CDL-CG), Artur Melo de Almeida, ressaltou que a comparação com o ano anterior apresenta baixo crescimento porque 2013 foi um ano em que o comércio apresentou uma expansão acima do normal. Ainda assim, Artur considerou 2014 um ano fraco para as vendas. “O ano de 2014, de modo geral, não apresentou crescimento, e o comércio é o resultado do que o país vive economicamente”, ponderou.

Artur Melo de Almeida contou que ainda há esperança para 2015. “Este ano não teremos eleições nem Copa do Mundo, dois fatores que influenciaram negativamente as vendas no ano passado, então talvez haja melhora, mas ainda é cedo para fazer projeções. Ainda temos que aguardar algumas medidas do Governo Federal”, disse.

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Jornal da Paraíba

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