Varejo tem queda de 6% nas vendas do comércio na Paraíba

O volume de vendas do comércio paraibano caiu 6% em fevereiro na comparação com fevereiro do ano passado, queda maior do que a média nacional (3,1%). As vendas do comércio varejista ampliado – que inclui veículos e motos, com partes e peças, e material de construção – tiveram desempenho ainda pior (-13,4%). O Estado ficou acima apenas do Espírito Santo, cuja queda foi de 13,7%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o pior resultado da Paraíba para o mês de fevereiro da série histórica do IBGE, iniciada em 2002.

É o terceiro mês seguido de queda do setor no Estado. Desde dezembro (-2,8%), o indicador aponta retração. Em janeiro, a pesquisa apontou queda de 3%. No acumulado do 1º bimestre, o resultado é negativo (-4,4%).

Na comparação de fevereiro sobre janeiro, a Paraíba e o Brasil ficaram no mesmo patamar, ambos com queda de 0,1% no volume de vendas.

Para o especialista em varejo, Jairo Pontes, o mês de fevereiro tem uma tendência natural a apresentar queda nas vendas por ter sido o mês do Carnaval e ter um menor número de dias úteis. Ele destacou, entretanto, que o momento econômico e o aumento do endividamento da população também foram fatores que influenciaram o resultado. “Este ano tem uma tendência de queda. Estima-se uma retração no varejo de 7% a 8% no acumulado do ano”.

O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campina Grande (CDL-CG), Artur Almeida, acredita que o Carnaval não foi o maior dos problemas. “O deslocamento das datas tem de ser levado em consideração, mas outro fator que acaba influenciando mais é o momento econômico que o país vive, com a inflação diminuindo o poder de compra das pessoas”.

Sobre as expectativas para os próximos meses, Artur afirmou que o momento é de cautela sem previsões diante das incertezas.