ECONOMIA
Venda de imóveis cresce só 3% em JP
Levantamento mostra crescimento discreto na venda de imóveis na Grande João Pessoa; taxa é considerada a mais baixa dos últimos anos.
Publicado em 28/08/2012 às 6:00
O número de imóveis vendidos no primeiro semestre do ano na Grande João Pessoa apresentou um crescimento de apenas 3,01% se comparado ao do mesmo período de 2011. Com 3,049 mil unidades comercializadas nos primeiros seis meses do ano, o setor movimentou um montante de R$ 835,792 milhões, 3,18% a mais do que o volume de vendas da primeira metade do ano passado, quando esse valor foi de R$ 805,900 milhões. De janeiro a junho de 2011, a região metropolitana de João Pessoa totalizou 2,955 mil imóveis vendidos.
O levantamento do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), consolidado pelo tecnólogo em negócios imobiliários Fábio Henriques, constatou um crescimento bastante discreto entre os dois períodos, sendo a menor taxa dos últimos anos.
O montante não surpreendeu o presidente do Sinduscon-JP, Irenaldo Quintans. “Esse índice já era aguardado. O consumidor começou o ano em dúvida, mas as medidas adotadas pelos bancos de reduzir juros e alongar os prazos de financiamentos, além da estabilização dos preços dos imóveis e as promoções que surgiram no mercado, foram bons incentivos”, disse.
Para o corretor Fábio Henriques, o fato de estarmos em ano de campanha eleitoral foi um dos principais fatores que mantiveram as taxas em um patamar pouco significativo. “É natural que o crescimento seja menor em um ano como este. Muitos funcionários públicos temem perder o emprego dependendo dos resultados das eleições e até a própria iniciativa privada também depende muito da prefeitura. As pessoas estão mais cautelosas e devem permanecer assim até que haja uma definição”, afirmou.
Por essa razão, acredita-se que a retração do mercado ainda deva permanecer até o final do ano, quando as vendas tendem a crescer. “A partir de outubro devemos constatar um saldo melhor nas vendas, até porque temos bastante demanda. A necessidade de moradia é enorme e a cidade tem muitos terrenos”, acrescentou o corretor, que estima um volume de vendas total de R$ 1,8 bilhão a R$ 2 bilhões este ano. “Como as vendas devem crescer nos últimos dois meses, devemos nos recuperar e atingir essa meta. O problema é que muitos prédios estão dependendo da liberação de alvará para começarem a ser negociados e isso leva tempo”, especulou.
Já Irenaldo Quintans lembra que o final do ano deve dar força ao setor por ser, comumente, um período favorável às vendas. “O mercado está otimista com a chegada do Verão. Inclusive, os números da pesquisa já apresentam essa tendência de reação, já que o segundo trimestre de 2012 está melhor do que o primeiro”, comentou.
O setor imobiliário da capital fechou o mês de junho de 2012 com 5,751 mil unidades disponíveis para compra. Durante o mês, foi vendido um total de 498 imóveis.
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