ECONOMIA
Vendas antecipadas de material escolar crescem em Campina
Buscando menor preço, pais de estudantes procuram material didático antecipadamente em Campina Grande.
Publicado em 23/12/2014 às 6:00 | Atualizado em 14/03/2024 às 17:05
Apesar de ainda faltarem mais de 30 dias para o início das aulas do ano letivo de 2015, as livrarias de Campina Grande já começam a registrar o aumento na procura por conteúdos didáticos solicitados nas listas de material escolar. E a antecipação dos consumidores é justificada pela possibilidade de os principais itens presentes nos pedidos das escolas estarem com o preço menor agora do que ao longo do mês de janeiro, período em que a maioria dos pais procuram esses locais.
Foi o que apontou o economista Rafael Bernardino, destacando que além de antecipar a compra do material escolar dos filhos para ter acesso a preços menores, os pais também devem ficar atentos às pesquisas e o planejamento orçamentário para o início do ano. Segundo ele, é importante conversar com os filhos para que alguns materiais usados este ano possam ser reaproveitados a fim de economizar em um segmento que é responsável pelo comprometimento de parte da renda mensal.
“Os pais têm um compromisso com o orçamento doméstico e por isso precisam estar atentos para o que podem aproveitar dos materiais usados este ano, como tesouras, pincéis, canetas entre outros. É preciso também analisar a utilidade do produto, já que as escolas não podem solicitar itens de uso coletivo como cartucho de impressora, algodão, giz de cera etc. Pesquisando já neste mês, é possível que a economia varie entre 10% e 15%, o que para o orçamento familiar é uma economia considerada”, disse.
O pedreiro Edílson da Silva, 43 anos, pedreiro, morador do bairro da Palmeira, em Campina Grande, foi um dos que chearam cedo na manhã de ontem em uma papelaria no Centro da cidade para começar a pesquisa do material escolar do filho de 4 anos. Segundo ele, qualquer economia nessa época do ano é bem-vinda, já que todo começo de ano letivo aparecem gastos extras, como fardamento, transporte escolar e outras taxas. “Meu filho ainda está no Jardim, mas a lista já é extensa. A gente tenta economizar, mas sempre mantendo a qualidade".
Caso os consumidores identifiquem irregularidades na lista de material escolar, a orientação é procurar o Procon municipal para denunciar tanto a escola que não pode solicitar itens de uso coletivo, e até mesmo a loja por praticar preços abusivos. Segundo Rodrigo Reül, gerente do Procon de Campina Grande, uma pesquisa realizada no início deste ano apontou que naquela oportunidade havia uma variação de 150% no preço de alguns itens da lista de material escolar, o que de acordo com ele é algo que não favorece o consumidor.
“Caso o consumidor identifique alguma irregularidade, ele pode vir até o Procon ou ligar para o número 151 e registrar a denúncia. Nós fazemos a fiscalização e podemos punir tanto a escola como a empresa por conta da irregularidade. No caso das infrações, a multa pode variar de R$ 300,00 a R$ 3 milhões. No início do ano nós aplicamos quatro multas no valor de R$ 10,00 por identificarmos o desrespeito com o código do consumidor na compra de material coletivo por parte das escolas”, explicou o gerente do Procon.
DICAS PARA COMPRA DE MATERIAL ESCOLAR
- Verifique os materiais do ano anterior para saber o que pode ser reaproveitado;
- Deixe para o período pós-volta às aulas para comprar os materiais mais caros, pois os preços tendem a cair;
- Evite levar seu filho para comprar os materiais, ele provavelmente vai optar por produtos da “moda”;
- As escolas não podem solicitar material que seja de uso genérico, como álcool, algodão, fita adesiva, copos descartáveis etc;
- Programe-se para comprar com antecedência, pois os preços podem ser melhores;
- Escolha materiais escolares que atendam às normas da ABNT e que tenham o selo do Inmetro. *Fonte: Procon CG
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