Vendas da semana da Páscoa fecham em queda em 2015

Confirmando o ritmo lento de vendas deste ano, a semana da Páscoa em 2015 apresentou retração de 4,93% nas vendas a prazo, em comparação à mesma data do ano passado (entre 29 de março e 4 de abril). Este foi o pior desempenho do período dos últimos 5 anos. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que dá o alerta para o termômetro do Dia das Mães em maio.

Na Paraíba, o presidente da Associação Paraibana de Supermercados (ASPB), Cícero Bernardo, não concluiu os dados, mas descarta redução nas vendas. “A expectativa é de que as vendas tenham empatado com a Páscoa do ano passado. Pelo menos trabalhamos para isso”.

Já para o franqueado da Cacau Show em João Pessoa Ricardo Kretli, as vendas ficaram 5% abaixo do volume do ano passado. Para o empresário, o desempenho só não foi pior porque dias antes da data a presença do consumidor surpreendeu. “A gente se assustou um pouco no início porque achávamos que seria pior. Uma semana antes da Páscoa estava 20% a menos do que no ano passado. Mas na última semana houve uma reação e tivemos dias até melhores do que na Páscoa anterior, mas no apanhado geral ainda ficamos com 5% a menos”, explicou.

Vale lembrar que para atrair o público, a Cacau Show lançou na Sexta-feira Santa uma promoção em todas as lojas da rede. A cada dois ovos da linha tradicional comprados, o cliente ganhava o terceiro ovo de graça.

Para os líderes da CNDL, o desempenho deste ano confirmou o que o comércio já esperava, devido ao baixo crescimento da atividade econômica brasileira. "O resultado nunca foi tão baixo. Já projetávamos o pior crescimento dos últimos anos por conta da forte piora nos indicadores econômicos", disse o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. Para o líder do movimento varejista, a Páscoa representa a primeira grande festa do ano para o comércio e pode funcionar como uma prévia não só para o Dia das Mães, como para o desempenho da atividade comercial ao longo de 2015.

"Este resultado espelha os indicadores de confiança do consumidor refletido das notícias negativas da atualidade. Isso refreia o consumo e abala a demanda do comércio em 2015".