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ECONOMIA

Verão chega com temperaturas e preços bastante altos

Estação vem trazendo mais reajustes nos produtos e serviços ao consumidor, que já enfrenta forte aperto no orçamento. 

Publicado em 10/01/2016 às 8:00

Na orla da Grande João Pessoa, alguns alimentos chegaram a dobrar de preço em um intervalo inferior a dois meses. E ao longo de um ano, houve aumento que representou seis vezes mais do que a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses de 2015 (10,67%).

Além de ser estimulada por reajustes ocorridos em 2015 como os da energia elétrica, alimentação e combustível, a atualização de preço nesta época do ano também sofre influência da ‘lei da oferta e da procura’: quanto maior a demanda, mais caro o item ou serviço. Esta é a chamada 'inflação de verão', que se repete a cada ano e pode pegar alguns consumidores desprevenidos.

De férias, a costureira pessoense Janiele Rosendo, 32 anos, estava na praia do Cabo Branco, na capital paraibana, com o namorado e a irmã. Na hora do comprar alguns itens típicos da época, ela foi surpreendida. “Por um picolé simples de fruta me cobraram R$ 8,00. Levei um susto”, confessou. O valor médio do produto é R$ 3,50. Ou seja, um aumento de quase 130%.

Outra situação em que a costureira identificou a ação inflacionária foi no saco de gelo. “Há pouco tempo custava R$ 3,00 e agora encontro por R$ 5,00. Um absurdo. Agora trago gelo de casa”.

As críticas à alta registrada no verão em João Pessoa, porém, não são compartilhadas pelos turistas que vêm de outras regiões do país, que têm preços e serviços mais caros.

“Sou de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Cheguei antes do Réveillon e achei os preços bem atrativos na cidade”, confessou Fernanda Debiazi, 26 anos, que passou o fim de ano na capital paraibana acompanhada do namorado Gabriel Lucena, 32.

O peso maior no bolso do paraibano comparado às outras regiões do país é explicado pelo baixo salário tradicionalmente registrado no Estado. E ganhando menos, o poder de compra é cada vez mais corroído em período da inflação mais alta dos últimos 13 anos.

Alguns atrativos turísticos como o passeio náutico até as piscinas naturais de Picãozinho (na praia de Tambaú), por exemplo, teve reajuste de 42,85% em uma semana. “Na maré passada, os donos das embarcações cobravam R$ 35 por pessoa e na maré atual o valor passou para R$ 50 por pessoa”, declarou Naldo Lucena, que trabalha com passeios turísticos de barco na capital paraibana.

Segundo ele, a grande demanda registrada no período do Réveillon fez com que alguns empreendedores alterassem para mais o valor do passeio. “Mas hoje o movimento caiu”, revelou.

À beira-mar não é raro encontrar reflexo da inflação em alguns serviços. O comerciante Josinaldo Simão contou que o aluguel do kit composto por um guarda-sol e duas cadeiras custa R$ 20. A cada cadeira extra cobra-se R$ 10. No ano passado, o kit com três peças custava R$ 15,00 e a cada cadeira a mais pagava-se R$ 5,00, um aumento médio de 60%.

Saiba mais
No acumulado de doze meses de 2015, diversos produtos e serviços que são, geralmente, consumidos de forma mais intensa no verão sofreram forte aumento, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre eles estão: cerveja (13,21%), lanche (10,76%), refrigerante (10,67%), doces (10,08%), alimentação e bebidas (12,36%).

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Jornal da Paraíba

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