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ECONOMIA

Verão inflaciona serviços e produtos no litoral da Paraíba e passeios pesam no bolso

Passeios náuticos ficam até 66% mais caros, e coco verde tem diferença de 133%

Publicado em 11/01/2015 às 15:00 | Atualizado em 29/02/2024 às 10:35

A inflação em patamar elevado atingiu ainda mais a chegada do verão deste ano. Os preços de produtos e serviços no litoral paraibano ficaram ainda mais salgados. O fluxo de pessoenses e turistas aumenta bastante nas praias de João Pessoa, que ganham reforço com as férias de escolares e das universidades. Os passeios náuticos para pontos turísticos, como Areia Vermelha e Picãozinho, por exemplo, chegam a aumentar cerca de 66% na alta temporada. Além disso, os preços de produtos típicos da praia, como água de coco, chegam a variar mais de 100% entre uma barraca e outra.

Atualmente, o passeio para Picãozinho está custando R$ 50,00, seja de lancha ou catamarã. Na baixa temporada o mesmo passeio pode ser feito por R$ 30,00. Para Areia Vermelha, o passeio está custando R$ 25,00, mas pode chegar a R$ 15,00 no período de baixa temporada, alta de 66% nos dois casos. Já para visitar as piscinas do Seixas, divulgadas pelas agências de turismo como o Caribe brasileiro, a diferença não chega a ser tão forte como nos outros passeios. O valor na alta estação é de R$ 35,00, enquanto na baixa temporada sai por cerca de R$ 30,00.

Apesar da variação nos valores entre alta e baixa temporada, as empresas que trabalham com os passeios oferecem a mesma faixa de preços, exceto quando o serviço inclui o translado do turista entre o hotel e a praia, caso em que o preço fica ainda mais salgado. O passeio pode chegar a até R$ 70,00, o dobro do preço normal.

Nos bares e restaurantes localizados à beira-mar, os comerciantes revelam que os preços permanecem os mesmos o ano inteiro, independente da estação, mas a variação de preço entre os estabelecimentos chega a 133%, como é o caso de um simples coco verde, por exemplo, que tem preços entre R$ 1,50 a R$ 3,50 em quiosques das praias do Cabo Branco, Tambaú e Bessa. “No Réveillon, a água chegou a ser vendida até por R$ 5,00”, contou o professor Luiz Morais.

Os valores das diárias de hotéis também sofrem acréscimos no período, chegando a aumentar até 30%, especialmente em finais de semana. “Se janeiro é a alta temporada, os finais de semana são o pico da alta temporada”, afirmou o gerente do Hotel Nord Green, Raimundo Jorge Junior. Ele explicou que o aumento de preços se dá devido à grande demanda da estação. “Acredito que em João Pessoa o número de leitos ainda não suporta a quantidade de turistas”, disse, acrescentando que, nesse período, o hotel sempre funciona com mais de 80% dos leitos ocupados.

Para o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado da Paraíba (Abih-PB), Tadeu Pinto, o que ocorre na alta temporada não é um aumento, “mas uma adequação dos preços à realidade. É a época onde há movimento e o empresário pode lucrar, tirar a diferença pelo resto do ano”, avaliou. Segundo ele, na baixa temporada os hotéis são obrigados a baixar os preços porque a clientela é pequena.

Embora concorde que os preços de diversos serviços aumentem nessa época do ano, Tadeu Pinto não considera que as elevações sejam abusivas. “É natural que aumente um pouco nesse período, mas está dentro do esperado”, afirmou.

Kit guarda-sol chega a R$ 30
Nas praias centrais de João Pessoa, de Tambaú e do Cabo Branco, alugar um kit com guarda-sol e duas cadeiras custa, em média, R$ 15,00, e são cobrados R$ 5,00 a mais para cada cadeira extra. Segundo Marinês da Silva, que trabalha com o aluguel desses itens há oito anos, o preço é o mesmo o ano inteiro.
“Quando comecei era R$ 10,00. Só aumentou R$ 5,00 de lá para cá. Não tem necessidade de cobrar mais, com organização a gente consegue ganhar um dinheirinho assim”, afirmou.
Segundo ela, entretanto, nem todos os comerciantes da orla pensam assim. “Tem gente que cobra R$ 20,00, tem gente que cobra até R$ 30,00. Eu não, eu cobro a mesma coisa se a pessoa parecer mais simples ou se parecer ter mais dinheiro”, contou ela explicando que alguns vendedores aumentam o preço do produto quando o cliente aparenta ter maior poder aquisitivo.
Na praia do Bessa, a doméstica Cida Silva se assustou com o preço de R$ 40,00 cobrado para sentar em uma mesa de bar na praia. A medida é usada para evitar que pessoas utilizem as mesas sem consumir nada no local. “Fui obrigada a comprar alguma coisa para não ter que pagar isso. Era melhor dizer logo que não pode sentar”, desabafou.
Cida Silva contou que estava indo à praia com a família pela primeira vez nesse verão, mas com o susto inicial do preço da mesa, já tinha a impressão de que iria gastar mais. “No verão passado gastava de R$50,00 até R$100,00. Agora eu não sei porque estou só começando, mas acho que vai ser mais caro”, disse.
DESPESAS MAIS ALTAS
O funcionário público Francisco Torres também percebeu elevação de preços. Segundo ele, no verão passado o gasto de um dia na praia com sua família era de cerca de R$ 70,00 e hoje já chega a R$ 120,00, uma elevação de mais de 70%. Para evitar gastos em excesso, Francisco Torres contou que deixou de utilizar os serviços dos bares da praia e passou a levar de casa lanches e bebidas.

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Jornal da Paraíba

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