EDUCAÇÃO
Ex-aluno do IFPB retorna como professor no mesmo campus onde estudou
Além da sala de aula, ele atua em projetos de inovação tecnológica e orientação de estudantes em pesquisa aplicada.
Publicado em 15/10/2025 às 7:26

Quando Mateus Assis Máximo de Lima entrou pela primeira vez no que hoje é o Instituto Federal da Paraíba (IFPB), ele carregava consigo a curiosidade típica de quem está descobrindo um mundo novo. Mal sabia ele que, anos depois, voltaria para o mesmo lugar, mas agora para guiar outros jovens pelo mesmo caminho.
A história de Mateus com a instituição começa em família. Seu pai foi aluno da antiga Escola Industrial da Paraíba, e essa conexão inspirou Mateus a seguir para o pró-técnico, etapa que preparava estudantes da oitava série para os cursos da antiga Escola Técnica Federal da Paraíba, antiga IFPB.

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Entre laboratórios e salas de aula, surgiram amizades que atravessariam décadas. Muitos desses colegas tornaram-se professores, transformando os laços da juventude em parcerias profissionais.
“Meu cotidiano era muito rico, tinha muitos amigos que, aliás, são meus amigos até hoje, tenho contato com a maioria deles”, recorda Mateus.
Caminho até a docência
Apesar do vínculo com o ensino, ele não pensava em lecionar. A paixão inicial estava na pesquisa e na inovação, trabalhando em projetos com empresas nacionais e multinacionais. Foi só depois de mais de dez anos nesse universo que Mateus decidiu que queria também ensinar.
“Eu sempre gostei de ensino, mas não me imaginava professor. Fui professor mais tardiamente, comparando com outros colegas. Mas, sempre trabalhei em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Desde a universidade, já trabalhava em projetos com grandes empresas e multinacionais”, disse.
Em 2015, entrou oficialmente como docente no IFPB. No ano seguinte, ajudou a criar o "Assert", grupo de pesquisa aplicada que conecta estudantes a oportunidades reais de inovação e desenvolvimento.
Hoje, Mateus leciona Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e Automação Industrial, unindo a experiência profissional à vivência de quem já foi aluno naquele mesmo campus.
“Já gera uma identificação das pessoas. Hoje compreendo a realidade de muitos, porque ou era a minha ou era a realidade dos que conviveram comigo. Consigo traçar um paralelo, vamos dizer assim, fazer um histórico da instituição”, afirma.
O que começou como um sonho adolescente se transformou em missão: inspirar novos alunos, como ele mesmo foi inspirado, no mesmo chão que um dia pisou cheio de expectativas.
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