EDUCAÇÃO
Por ano, mais de 100 alunos da UFCG vão estudar no exterior
Incentivo fez crescer 50% em seis anos o número de alunos da UFCG em universidades internacionais. Alunos de fora também vêm à Paraíba para estudar.
Publicado em 19/07/2008 às 8:34
Da Redação
Com informações da Ascom-UFCG
Por ano, mais de 100 alunos de graduação e pós-graduação saem dos campi da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) para estudar fora do país por meio de programas de intercâmbio.
O dado reflete o que, cada vez mais, os estudantes aproveitam a oportunidade de estudar no exterior a fim de adquirir novos conhecimentos e valorizar o currículo. Os alunos também têm trilhado este caminho através de convênios firmados pelos centros e unidades acadêmicas com instituições de ensino superior internacionais.
Este número representa cerca de 50% a mais do que a média anual registrada antes do desmembramento da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 2002, que chegava a aproximadamente a 70 alunos por ano. Os convênios são firmados principalmente com instituições dos Estados Unidos, França, Espanha, México, Uruguai e Argentina. Em seis anos de criação, a universidade já gerou cerca de 700 intercâmbios.
Segundo o assessor para Assuntos Internacionais da instituição, Carlos Soares de Andrade, os principais vetores desses intercâmbios são programas como Piani (Programa de Intercâmbio Acadêmico Nacional e Internacional), Brafitec (Brasil/França Ingénieur Technologie) e o Marca (Programa de Mobilidade Acadêmica Regional em Cursos Acreditados do Mercosul).
Para o coordenador de Graduação da Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica, Mário Araújo Filho, a oportunidade de viajar para outros países é muito importante para os estudantes. “O intercâmbio tem sido uma das principais ferramentas para levar nossos alunos a outros países, onde podem aprender novas tecnologias e divulgar nossos conhecimentos, já que o curso é reconhecido internacionalmente pela sua excelência de ensino”. Só do curso de Engenharia Elétrica, ainda este ano, dez alunos irão estudar na França e na Argentina.
O relacionamento de professores e coordenadores das unidades acadêmicas com universidades estrangeiras também tem facilitado a assinatura de convênios individuais, independentes dos convênios institucionais. O Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), por exemplo, firmou com dois hospitais norte-americanos (o Allegheny General Hospital, em Pittsburg, e o Jackson Memorial, em Miami), convênio que possibilita a estudantes do curso Medicina concluírem 25% do último ano do curso numa destas instituições.
Estudantes reconhecem importância do intercâmbio
“Estudar fora é uma experiência mais do que necessária para os estudantes que querem ampliar seus conhecimentos e conquistar mercados externos”, frisou Leonardo Moura, que passou três meses na Alemanha, estudando em um dos maiores hospitais da Europa, através de um programa de intercâmbio.
Universidade também recebe alunos estrangeiros
Ao mesmo tempo em que envia um número considerável de estudantes para o exterior, a UFCG recebe vários alunos de outros países, como da Argentina, França, Uruguai, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Maria Alzira Soares da Rocha, de Guiné-Bissau, está na UFCG há mais de dois anos, onde estuda Ciências Econômicas. Ela confessa ter escolhido a universidade campinense por um motivo muito especial. “Além da cidade ser muito acolhedora, a UFCG é uma referência em ensino de qualidade. Tive opções de ficar em São Paulo e João Pessoa, mas escolhi vir pra cá porque me identifiquei mais com o povo daqui”.
Além de Alzira, mais cinco alunos de Guiné-Bissau estudam na UFCG através do Programa Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), do MEC, criado para contemplar alunos de países africanos de língua portuguesa. Eles recebem um auxílio financeiro no valor de um salário mínimo mensal (R$ 415,00), por meio do Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes/MEC) e são reavaliados a cada 12 meses.
Para Alzira, a experiência no Brasil é um enriquecimento cultural incomparável. “Apesar da saudade que sinto da minha terra, não descarto a possibilidade de ficar aqui, principalmente em Campina Grande, se receber uma proposta de trabalho interessante”, disse, acrescentando que tem planos de concluir mestrado e doutorado no Brasil.
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