UEPB forma primeira turma de Diplomatas em 2009

Da Secom-PB

A Paraíba, através do Campus V da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em João Pessoa, vai formar a primeira turma de Bacharéis em Relações Internacionais (RI), no próximo ano. A UEPB é a única universidade pública do Norte e Nordeste do país a formar diplomatas. O curso teve início em agosto de 2006, com a implantação do novo campus, em João Pessoa. Os vinte futuros Bacharéis em Relações Internacionais estão no 5º período e concluirão o curso no segundo semestre de 2009. Atualmente existem quatro turmas diurnas e quatro noturnas.

De acordo com a professora Lenira Madruga, coordenadora do Curso de Relações Internacionais e Mestre em Língua Inglesa, o perfil dos alunos é de excelência: são jovens entre 18 e 25 anos que falam ao menos três idiomas, incluindo o inglês (a maioria dos textos do curso é em inglês) e vários também cursam Direito. O curso tem atraído ainda estudantes de vários estados brasileiros e dos seus 21 professores a grande maioria é Doutor ou Doutorando. Todos foram aprovados em concurso público. RI é o carro-chefe do campus V da UEPB que também oferece os cursos de Arquivologia e Ciências Biológicas.

O profissional de Relações Internacionais pode atuar em instituições governamentais ou em empresas privadas, organismos internacionais, associações de classe, dentre outros campos do mercado. Nos órgãos governamentais serão analistas de relações internacionais; vão elaborar análise de conjuntura; negociar convênios e tratados internacionais; orientar no planejamento estratégico, dentre outros trabalhos.

A professora Lenira destaca o empenho dos alunos que na semana passada apresentaram vários trabalhos durante o I Seminário Paraibano de Estudos e Pesquisas em Relações Internacionais (I SEPESP RI). O evento aconteceu nas instalações provisórias do curso, na avenida Epitácio Pessoa e no Fórum Cível da Capital.

Os alunos da primeira turma, que ingressaram no período 2006.2 fundaram a "Empresa Júnior em Relações Internacionais", que está bem estruturada e já atua em alguns setores da Capital. Tiago Espínola, 19 anos, natural de João Pessoa, afirmou que o curso de Relações Internacionais oferecido pela UEPB tem qualidade, apesar de ser recente, e que se sente muito bem na área, está intelectualmente realizado e também aprendendo a construir uma nova visão de mundo.

Ele declarou que pretende seguir a carreira acadêmica, quer estudar e compreender um pouco o mundo, além de contribuir e "tentar mudar um pouco as coisas". E completa: "O curso é uma ótima iniciativa sobretudo por ser o único público do Norte e Nordeste e a expectativa é grande, sobretudo como aluno estamos escrevendo também um pouco da história do curso e da Paraíba".

Já Mariene Oliveira Nóbrega, 23 anos, natural de Campina Grande, revelou que fez opção pelo curso porque gosta muito de ciência política e com a profissão terá maiores oportunidades de ter um certo conhecimento do sistema político internacional, a história de outros países, por exemplo.

Eduardo Santos de Araújo, 21 anos, natural de Caxias, no Maranhão, também conclui o curso em 2009 e escolheu a profissão porque é uma área das mais procuradas hoje em dia e a globalização exige a oferta de especialistas em relações internacionais. "Vim de tão longe em busca desta formação sólida para atuar nessa área", disse o jovem maranhense.

Mais informações sobre o curso de Relações Internacionais estão disponíveis no site www.uepb.edu.br/ri.

UEPB terá Mestrado em Relações Internacionais

O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) da UEPB, aprovou em março deste ano o Regulamento e a Estrutura Acadêmica do Programa Integrado de Pós-Graduação Stricto Sensu em Relações Internacionais, em nível de Mestrado. O curso oferece 15 vagas e as inscrições serão realizadas no Campus V da UEPB, em João Pessoa. Desde a proposta de criação, os responsáveis pela ementa do curso tinham a preocupação de fomentar a pesquisa nesta área.

Sentindo a falta de estudos sobre os processos internacionais, a própria diplomacia brasileira, hoje, procura estimular a produção acadêmica. Se o país forma, atualmente, cerca de dez mil doutores por ano, contam-se nos dedos os doutores em Relações Internacionais.

Em junho último, o professor doutor Eiiti Sato, diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, veio ao campus de Campina Grande. Em visita à reitora Marlene Alves, discutiu uma futura parceria e cooperação entre as instituições na referida pós-graduação. O mesmo professor esteve em João Pessoa, proferindo a aula inaugural do período letivo 2008.2 para os alunos da graduação em RI.