UFCG prevê criação de 2.700 novas vagas

Silvana Torquato
Do Jornal da Paraíba

A Conferência Nacional de Educação (Conae), que vai ser realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, a partir do dia 28 deste mês a 1° de abril, vai ser uma oportunidade para que ações para a democratização do acesso ao ensino superior na Paraíba sejam concretizadas. Dentre as discussões do evento, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) preparou um documento e enviou ao Ministério da Educação (MEC) solicitando a implantação dos campi universitários em Itabaiana e Itaporanga, e a criação de 20 polos universitários, com a oferta total de 2.700 novas vagas.

A proposta será analisada durante a conferência, que tem o objetivo de elaborar diretrizes para a construção de um Sistema Nacional Articulado de Educação, que promova a efetiva cooperação entre os âmbitos federal, estadual e municipal, em favor da melhoria da qualidade da educação brasileira, desde a pré-escola até a pós-graduação. O reitor da UFCG, Thompson Mariz, acredita que a Paraíba necessita de urgente expansão do ensino público superior “para criar expectativas promissoras para toda a sua população jovem, e consequente desenvolvimento socioeconômico”, disse, destacando a importância de expandir a oferta de vagas por todas as microrregiões do Estado.

No documento, a UFCG detalha que nos campi de Itaporanga e Itabaiana seriam, ao todo, 450 novas vagas anuais, com a implantação de nove cursos, com 50 vagas cada. Os cursos seriam os de licenciaturas em Pedagogia, Letras, Sociologia e História (Itaporanga) e de Tecnologia em Segurança da Informação, Jogos Digitais, Sistemas para Internet, Redes de Computadores e Gestão da Tecnologia da Informação (Itabaiana).

Já nos campi já existentes de Cajazeiras e Campina Grande, a ideia é implantar cinco novos cursos, com uma oferta de 250 vagas. O destaque do documento é a criação de polos universitários em 20 cidades paraibanas, adjacentes aos campi já existentes, ou a serem criados, com a oferta de dois cursos de graduação e 100 vagas de ingresso anuais, em cada polo.

Na proposta apresentada, seriam implantados polos universitários nas cidades de Teixeira (200 vagas), Santa Luzia (200), Catolé do Rocha (300), São Bento (300), Coremas (300), Uiraúna (11), São João do Rio do Peixe (300), São José de Piranhas (300), Triunfo (300), Monteiro (400), Serra Branca (400), Taperoá (400), Boqueirão (400). Assim como em Picuí (200), Esperança (200), Piancó (300), Conceição (300), Princesa Isabel (300), Juripiranga (200) e Pedras de Fogo (200).

Thompson afirmou que a oferta de vagas no período noturno, com a garantia de acesso a laboratórios, bibliotecas e outros recursos que assegurem ao aluno trabalhador as mesmas condições disponibilizadas aos estudantes do período diurno, é um dado que o reitor considera importante para o sucesso da proposta. “Desta forma, estaríamos assegurando à população mais carente, em todas as microrregiões do Estado, o direito a uma educação superior de qualidade, pública e gratuita”, observou.