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ESPAÇO OPINIÃO

O algoritmo dita o ritmo: como as redes sociais moldam comportamentos e apagam identidades

Por Jeoás Farias – Especialista em Presença Digital

Publicado em 29/07/2025 às 10:57


				
					O algoritmo dita o ritmo: como as redes sociais moldam comportamentos e apagam identidades

Nos anos 2000, era comum ouvir que a TV moldava gostos, comportamentos e conversas. Hoje, o papel de protagonista na comunicação de massa foi assumido por um agente invisível, personalizado e altamente eficiente: o algoritmo.

Se antes o público escolhia entre os mesmos canais, agora é o algoritmo quem escolhe o que cada um verá. E, ao contrário do que muitos pensam, ele não mostra o que você quer — ele molda o que você vai querer.

A lógica da repetição: o que todo mundo está fazendo

Redes como TikTok, Instagram e YouTube são alimentadas por fórmulas virais. A cada curtida, comentário ou tempo de visualização, você está ensinando o algoritmo sobre seus hábitos. Em troca, ele te entrega o que está “em alta”.

Não é coincidência que, em uma mesma semana, milhares de pessoas estejam dançando a mesma música, usando o mesmo filtro ou repetindo as mesmas frases. Isso não é espontâneo — é engenharia comportamental.

Essa repetição cria uma falsa sensação de pertencimento. E aí entra um fenômeno antigo com roupa nova: o FOMO (Fear of Missing Out), ou medo de ficar de fora. Se todo mundo está fazendo, você precisa fazer também.

Cultura de massa programada

Diferente das novelas e hits de rádio que nos conectavam por escolha coletiva, o que temos hoje é uma cultura de massa orientada por máquina, que entrega popularidade com base em dados, e não em autenticidade.

A juventude, especialmente, se vê imersa em um ciclo de imitação. Influenciadores viram padrões de consumo, discursos prontos são replicados, e a criação dá lugar à performance. Em vez de construir presença, muitos constroem uma persona para agradar.

A identidade em risco

O maior impacto dessa lógica é silencioso: a perda da identidade. Ao tentar seguir o que o algoritmo “espera”, usuários passam a moldar sua imagem, gostos e até opiniões conforme o que parece ter mais aceitação.

Essa adequação constante mina a autenticidade. Quanto mais se copia, menos se constrói.

Pessoas, especialmente os mais jovens, correm o risco de se tornarem versões editadas de si mesmas, sempre em busca de engajamento.

A urgência de ser você

O desafio contemporâneo é recuperar o controle da própria narrativa. Ser original é mais difícil quando o algoritmo recompensa a repetição.

Mas justamente por isso, é também um ato de resistência.

Ser lembrado pela autenticidade é infinitamente mais poderoso do que ser apenas mais um perfil viral.

A sua identidade vale mais do que qualquer tendência. E construir presença digital com propósito é o que realmente conecta.

Antes de repetir o que está bombando, pergunte-se: isso tem a ver comigo?

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Laerte Cerqueira

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