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OPINIÃO: O efeito do tarifaço Trump na economia da Paraíba
Por Jurandi Eufrauzino, advogado tributarista
Publicado em 30/07/2025 às 9:12

Em 2024 tivemos o item outros açúcares de cana como o produto mais vendido ao exterior pela economia paraibana .
Isso deixa de “orelha em pé” os analistas ao lembrar aquela informação de que o Uruguai não tem jazida de ouro, porém está firme nas estatísticas de saídas do produto para o exterior . A Paraíba não tem tantos verdes campos à vista, mas, como se disse, fez o Porto de Cabedelo trabalhar muito .
Depois dos açúcares vem o calçado, seja em borracha ou plástico (de couro, não) como o item mais exportado . Nosso calçado, felizmente, seduz os espanhóis, não agradam aos americanos do norte .
Nosso abacaxi também tem seu doce destaque nas vendas internacionais do Made in PB.
Nossos parceiros internacionais são a Espanha, em 1.o lugar, seguida pelo EUA , Canadá, Holanda e Gana.
Pois bem, o Tio Sam, esse do Tarifaço dos 50% não chega a ser um “terror” para os nossos planejamentos até porque estamos “pulverizando” os negócios internacionais .
Ao contrário do Estado do Ceará, aonde 52% do volume de exportação têm destino aos EUA, nossa economia se vincula ao país de Trump com algo em torno de 25% dos nossos negócios .
A Paraíba já se ressente dos altos custos das taxas portuárias, aqui é lá fora, como por exemplo as tarifas de permanência, a da capatazia, a da armazenagem , as tarifas de segurança portuária, etc, especialmente porque opera com commodities.
A hora é de singrar mais as águas que nos levam a Europa, com o nosso açúcar, por exemplo.
Com ou sem o tarifaço de Trump não devemos cair dos 190 milhões de dólares que apuramos no ano passado .
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