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ESPORTES

A última vez de Marinho

"Dali Marinho foi para os estúdios da Rádio CBN João Pessoa.  Daí para a eternidade."

Publicado em 05/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 17:33

Confesso que nunca fui muito seu fã. Mais por falta de conhecimento do que propriamente pelo que representou. Pelo que fez. Ainda assim, quando o gerente de marketing da Rede Paraíba, Lauriston Pinheiro, ofereceu a pauta, sabia que se tratava de um daqueles momentos únicos:

- Que tal entrevistar o Marinho Chagas no Globo Esporte?

Claro que sim. Ainda mais em época de Copa do Mundo. Seria uma boa oportunidade de falar com alguém que viveu aquele evento e - mais do que isso - foi considerado o melhor de sua posição.

Aliás, Marinho não deixava ninguém esquecer isso. Assim que chegou à sala de espera da TV Cabo Branco, na última sexta-feira, ele fez uma proposta que poderia parecer arrogante.

- Você quer bater uma foto comigo, né? Não tem problema, venha cá e a gente faz. Sou o melhor lateral de todas as Copas de acordo com a Fifa.

Fiquei desconcertado. Não estava ali para fazer uma foto, e sim para passar-lhe orientações da entrevista que se seguiria, com Kako Marques. Mas também não o achei inoportuno. Percebi que ali estava um ídolo, “que jogou com Pelé”, como frisou, e que estava esquecido pelo seu povo. Um problema, infelizmente, recorrente.

Marinho saiu de Natal. Do ABC. Venceu na vida. Jogou no Botafogo, São Paulo, Fluminense. Na Seleção. Jogou e realmente foi o melhor da Copa do Mundo de 1974, na Alemanha. Foi para o NY Cosmos, num tempo que o clube só contratava medalhões. Jogou com Pelé e Beckenbauer. É pouco?

Os minutos que se seguiram foram reveladores. Em off. Falou de tudo, até de uma trama diabólica da Fifa contra Michel Platini, presidente da Uefa. Falou de como o patrocinador, no caso a Pepsi-Cola, tirou Pelé da Copa de 1974. Lembrou de sua estreia como profissional, jogando pelo ABC (mais tarde descobri que, na verdade, ele jogara no Riachuelo, um pequeno time de Natal), num amistoso contra a Sociedade de Sousa.

Não deu para apurar se tudo era verdade. Mas falava tudo de forma aberta, incisiva. Impossível não acreditar, por exemplo, que era amigo pessoal de um tal Michel, o Platini.

Marinho atropelava os assuntos, a ponto de emendar uma pergunta na outra. Tive, inclusive, de alertá-lo para o tempo da entrevista no Globo Esporte, pois estava preocupado com um eventual estouro.

No fim, deu tudo certo.

Saiu feliz do estúdio. Passou na redação do G1 e voltou a se oferecer para uma foto.

- Ei, você quer fazer uma foto comigo né? Não tem problema, venha cá - disse, para a repórter Krystine Carneiro.

Me diverti com o seu jeitão espontâneo. Mesmo tardiamente, virei seu fã e lamentei não tê-lo sido muito antes.

Dali Marinho foi para os estúdios da Rádio CBN João Pessoa. Daria a última entrevista como o melhor da Copa de 1974.

Daí para a eternidade.

Semáforo

Sinal vermelho

Jogo anulado - Na semana passada a Bélgica recebeu Luxemburgo em amistoso preparatório para a Copa e goleou por 5 a 1. A vitória, no entanto, acabou anulada pela Fifa, já que o técnico belga fez sete substituições.


Sinal amarelo

CR7 - A seleção portuguesa divulgou um boletim clínico dos atletas. O mais aguardado dos relatórios, de Cristiano Ronaldo, aponta uma lesão muscular na região posterior da coxa esquerda, aliada com um quadro de tendinose rotuliana.


Sinal verde

Sem rivalidade - O tenista Novak Djokovic deu uma demonstração de altruísmo esportivo ao eleger para quem vai torcer na Copa. Como a Sérvia não está classificada, ele avisou que vai apoiar os vizinhos Croácia e Bósnia.


Números da Copa

6 Gols em sete jogos. Esse foi o desempenho de Salvatore ‘Toto’ Schilacci pela Copa do Mundo de 1990. A frustração pelo terceiro lugar acabou ofuscando a participação do atacante, que chegou a ser lembrado como ‘o novo Paolo Rossi’. Schilacci tinha 25 anos e na época da Copa jogava na Juventus de Turim.


7 gols numa só partida. Esse é o recorde do Brasil na história das Copas do Mundo. A façanha aconteceu no dia 9 de julho de 1950, e foi válido pela fase final daquele Mundial, quando a seleção de Flávio Costa fez 7 a 1 na Suécia. Ademir marcou quatro gols e se consolidou como artilheiro da Copa. Os outros foram marcados por Chico (2) e Maneca, enquanto Andersson descontou para os suecos. Já a maior goleada de todas as Copas aconteceu em 1982, na Espanha: Hungria 10 x 1 El Salvador.

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Jornal da Paraíba

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