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ESPORTES

Após brasileiros, Baggio também credita a Ayrton Senna o tetra na Copa de 1994

'Acho que foi o Senna que puxou a bola para o alto', diz o italiano, que perdeu o último pênalti na final contra o Brasil, no ano da morte do piloto.

Publicado em 02/05/2010 às 14:27

Do G1

Rose Bowl Stadium, Los Angeles, EUA. Dia 17 de julho de 1994. Final da Copa do Mundo entre Brasil e Itália. Quem vencesse o duelo, se tornaria o país com o maior número de títulos mundiais: quatro. Após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, o tetracampeonato seria decidido nos pênaltis. Na quinta cobrança italiana, bola nos pés de Roberto Baggio, o então melhor jogador do mundo, eleito em 1993. Um chute por cima do gol que brasileiros e italianos nunca mais iriam esquecer.

Baggio garante que nunca tinha isolado uma penalidade. Taffarel e Márcio Santos creditaram o título brasileiro a Ayrton Senna, morto em 1994 em um acidente na Fórmula 1, no circuito de Ímola, na Itália. Sem uma explicação lógica para a cobrança desproporcional, o ex-atacante italiano também "culpou" o piloto brasileiro pela conquista verde e amarela.

- Nunca havia cobrado um pênalti por cima do gol. Acho que foi o (Ayrton) Senna que puxou aquela bola para o alto. Acredito que foi ele que fez o Brasil vencer - revelou.

Em entrevista exclusiva ao "Esporte Espetacular", Baggio relembrou a partida contra o Brasil e os momentos de angústia que duraram e duram até hoje, num bate-papo descontraído com o produtor Thiago Asmar, que presenteou o ex-jogador com uma camisa da seleção brasileira.

- É uma ferida que nunca vai se fechar. Sempre sonhei disputar uma final de Copa do Mundo e o rival dos meus sonhos era o Brasil. Quando tive a oportunidade, desperdicei aquele pênalti.

Ídolos: Zico e Flamengo de 80

E será que o craque italiano guarda alguma mágoa do Brasil pela derrota na final da Copa de 94? Nenhuma! Baggio garante que, pelo contrário, admira muito o futebol brasileiro e tem como ídolo Zico. Ele ainda revela que cresceu assistindo aos jogos do Flamengo na década de 80.

Fã do time rubro-negro que conquistou quatro Campeonatos Brasileiros (1980/1981/1983/1987) e um Mundial Interclubes (1981), o ex-camisa 10 da Seleção Azurra se inspirava no Galinho em campo e, em 1993, foi eleito o melhor jogador do mundo.

Imagem

Jornal da Paraíba

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