Aposentada do MMA, Bethe Correia fala de novos projetos e revela que ainda pode lutar jiu-jitsu ou boxe num futuro próximo

Aposentada do MMA desde outubro do ano passado, Bethe Correia agora trilha outro caminho. É que a paraibana recém-inaugurou uma academia em João Pessoa, tudo para ensinar aquilo que tanto aprendeu em sua carreira estrelada, em que disputou até cinturão no UFC. Apesar de ver o seu ciclo na modalidade encerrada, ela garantiu que novidades podem pintar em outros estilos, como no boxe ou no jiu-jitsu.

Bethe conversou com a reportagem do Globo Esporte PB, da TV Cabo Branco, e revelou que enxerga o seu ciclo no MMA encerrado. No entanto, ainda pode aparecer lutando por aí, só que em outros estilos.

"No MMA, meu ciclo se fechou. O que eu poderia fazer, eu já fiz. Agora eu vou me dedicar a minha academia. Mas eu não fecho as portas para a luta, pode acontecer de disputar competições no jiu-jitsu, também pode pintar algo no boxe, mas é algo que não posso revelar agora" contou Bethe.

A última luta de Bethe Correia no UFC foi em outubro. Na ocasião, ela acabou derrotada pela compatriota Karol Rosa. Aos 38 anos, a paraibana construiu uma carreira marcante, com 18 lutas no UFC, incluindo uma disputa pelo cinturão do peso-galo feminino. A luta contra a lenda Ronda Rousey foi realmente um marco.

Aos 38 anos, Bethe iniciou a sua trajetória nas artes marciais aos 27, isso após cursar contabilidade. A luta, de fato, mudou a sua vida, afinal, a paraibana enfrentou grandes batalhas, sorriu, chorou, mas deixou o octógono de cabeça erguida.

Agora, a missão dela é o de ensinar. Natural de Campina Grande, a "Pitbull" acabou de abrir uma academia na vizinha João Pessoa. De acordo com Bethe Correia, formar novos atletas é um desafio que ela tem muito gás para encarar.

"Por ter passado por tanta coisa, falta de apoio, eu sinto que posso fazer isso. Teve título mundial do UFC que participei só com a ajuda da minha família. Então eu quero, neste ano, montar um projeto para atletas de MMA, principalmente para que as mulheres não passem o que eu passei. Eu sei de informações que posso passar para as pessoas que queiram participar dessa modalidade. Tanto aos que querem participar de forma mais profissional como também para os que desejam conhecer o esporte", afirmou.

Autêntica, Bethe Correia certamente vai fazer falta nos octógonos pelo mundo. Contudo, a sequência de sua vida vai seguir no MMA, portanto, o seu legado vai permanecendo e no futuro, quem sabe, novos talentos surjam graças a essa paraibana que conseguiu atingir um ápice mesmo iniciando a sua carreira na modalidade de forma mais tardia.