Botafogo consegue liminar e suspende final do Campeonato Paraibano

Da Redação

O Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD-PB) concedeu liminar solicitada pelo Botafogo e as partidas entre Treze e Campinense, referentes à final do 2º turno do Campeonato Paraibano estão suspensas. A informação é do advogado do Belo, Alexandre Cavalcanti, que foi confirmada pela assessoria de imprensa da Federação Paraibana de Futebol (FPF).

Confira a decisão do TJD-PB, enviada à FPF

Os dirigentes do Belo entraram com ação cautelar no TJD-PB na tarde desta terça-feira (10). O argumento da diretoria botafoguense é de que, no jogo Treze x Botafogo, do último domingo, os jogadores Doda e Ferreira, do Treze, simularam contusão para forçar o encerramento da partida antes de finalizado o tempo regulamentar. Como o Galo vencia por 4 a 0, mesmo placar pelo qual foi derrotado na partida de ida, na Capital, o time estaria classificado à final.

Na ação, o Belo se fundamentou no artigo 205 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê punição em caso de intencionalidade de um time em ficar com número insuficiente de jogadores em campo, para forçar o encerramento antecipado.

O Botafogo também requereu ao TJD-PB que fossem realizados exames de ressonância magnética nos jogadores do Treze, para se verificar se ambos estavam mesmo sem condições de jogo. O artigo 205 do CBJD perda dos pontos e multa de R$ 100 a R$ 100.000 nesses casos.

Com a suspensão dos jogos da final, entre Treze e Campinense, que estavam marcados para esta quinta (12) e domingo, o Botafogo espera que o TJD-PB puna o Galo com a perda dos pontos da vitória sobre o Belo. Se isso acontecer, o Botafogo é que fará a final contra o Campinense.

Entenda o caso

Treze e Botafogo se enfrentaram no domingo (8), no Amigão, em Campina Grande, em partida válida pela semifinal do segundo turno do Campeonato Paraibano. O Galo precisava vencer por 4 a 0 para ir à final contra o Campinense, que eliminou o CSP. O Treze conseguiu o placar de 4 a 0, mas, quando o atacante Vavá marcou o quarto gol, foi comemorar em frente à torcida do Belo, gesticulando como se estivesse fazendo disparos com uma metralhadora.

Na confusão, cinco jogadores – três do Treze e dois do Botafogo – foram expulsos. Com apenas oito em campo, dois jogadores do Galo, Doda e Ferreira, caíram em campo e, segundo o médico do clube, ficaram sem condições de jogo. Como prevê a regra, o árbitro Jeferson Rafael encerrou o jogo antes de finalizado o tempo regulamentar, já que o time de Campina Grande tinha apenas seis jogadores em campo.

A diretoria do Belo afirma que os jogadores do Treze simularam as contusões para forçar o encerramento da partida e, assim, se beneficiarem, já que o placar de 4 a 0 classificava o Treze para a final do segundo turno, contra o Campinense. A diretoria, então, depois de receber a súmula do jogo, enviou documento à Federação Paraibana de Futebol (FPF).

Depois disso, os advogados do Botafogo entraram com ação cautelar no Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD-PB), solicitando suspensão das finais e punição ao Treze.