ESPORTES
Brasil continua a sina de levar goleadas
Brasil foi derrotado pelo Irã por 5 a 0 logo no primeiro jogo, em partida realizada na arena montada no Centro de Convenções
Publicado em 22/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 17:47
Para quem achava que a má fase do Brasil se resumia à Copa do Mundo da Fifa teve a certeza de que o inferno astral continua também entre os robôs. Ontem, na abertura da Copa do Mundo de Robôs (RoboCup), o Brasil foi derrotado pelo Irã por 5 a 0 logo no primeiro jogo, em partida realizada na arena montada no Centro de Convenções de João Pessoa, onde o evento está sendo realizado.
A competição reúne universidades e empresas de tecnologia de 45 países de todo o mundo e pela primeira vez está sendo realizada na América Latina.
O jogo do Brasil foi realizado na categoria Humanoide Teen Size (as categorias dividem os robôs entre os diferentes tipos e tamanhos) e foi dividido em dois tempos de 10 minutos, com intervalo de cinco minutos entre as etapas. Nesse primeiro jogo, o Brasil foi representado Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Durante o dia, outras equipes brasileiras também entraram na arena montada no Centro de Convenções.
Débora Tahara, que é uma das integrantes da equipe da UFU, falou do desempenho aquém do esperado, mas explicou que o time segue com chances de classificação.
"Estava todo mundo nervoso. Nós da equipe e a robô, Lisa. Isto atrapalhou. Nos testes de desempenho, tudo saiu como o esperado, mas no jogo tivemos muitos problemas. Mas ainda teremos quatro jogos e esperamos estar mais relaxados no próximo jogo", declarou.
Pelo menos a torcida não se decepcionou tanto. Isso porque, ao contrário do futebol "de humanos", na Robocup a torcida é mais para ver a tecnologia em ação, e não necessariamente torcendo pelos times brasileiros. "O bom dessa Copa é que a gente torce para todo mundo, vibra com todos. Eu vibrei até com a vitória do Irã", disse o estudante Paulo Felipe, de 19 anos, que planeja ir a todos os dias do evento.
Mas a relação com a Copa do Mundo da Fifa está presente em todos os momentos. Ramírez Pelo, que comanda uma das equipes chilenas da Robocup, diz que a meta é superar a equipe de Jorge Sampaoli.
"A gente quer fazer com os robôs uma campanha melhor do que a seleção do Chile fez na Copa do Mundo, quando foi eliminada nas oitavas de final", comparou o líder da equipe chilena na categoria Smal Size na Robocup.
O curioso do evento é que o objetivo da competição é desenvolver tecnologicamente os robôs para que em 2050 seja realizado um jogo entre humanos e robôs, representados pelos campeões das duas copas do mundo. Para isto, existe um pesado investimento das grandes empresas de tecnologia no projeto. Do Globoesporte.com
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