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ESPORTES

Com provocações ao Timão, São Paulo faz festa para Fabuloso e Ceni

Rival é muito lembrando na apresentação do atacante no Morumbi, com mais de 45 mil pessoas. Fogos, música e entrada triunfal marcaram evento.

Publicado em 29/03/2011 às 21:45

Da Redação
Com Globoesporte.com


Quando as luzes do Morumbi se apagaram, às 19h13 desta terça-feira, durante a apresentação do grupo de reggae Planta e Raiz, a torcida não se conteve nas arquibancadas. Estava próximo o momento do reencontro. Depois de sete temporadas na Europa, Luis Fabiano vestiria novamente a camisa do São Paulo. E com direito a uma grande festa e provocações ao arquirrival Corinthians. Mais de 45 mil pessoas estiveram presentes, segundo a organização do evento.

"Estou feliz por estar aqui para receber o Luis Fabiano. Na verdade, queria estar aí com vocês pra gritar o 100º gol do Rogério Ceni, justo em cima deles", disse o apresentador César Filho, antes de puxar um grito em homenagem ao goleiro-artilheiro recheado de palavrões, para delírio dos torcedores.

Max BO e Jairzinho se apresentaram antes do momento máximo, com músicas referentes ao goleiro Rogério Ceni e ao festejado atacante, sem causar muito entusiasmo na torcida. O grupo de reggae Planta e Raiz, que cantou com as luzes do Morumbi apagadas, animou mais o público. Mas nada se comparou à apresentação de Andreas Kisser, que puxou o hino tricolor ao som de sua guitarra e foi acompanhado pelas arquibancadas.

Com uma música da banda australiana AC/DC, às 19h30, e iluminado somente por tochas de fogos, Luis Fabiano pisou novamente no Morumbi, onde foi recebido pelo goleiro Rogério Ceni no meio do gramado. Foi a senha para os gritos de “o Fabuloso voltou”. Em disparada, os dois partiram para o escudo do São Paulo, que fica em uma das laterais do gramado, e o beijaram.

"Que noite única! Que registra a grandeza do futebol e registra a grandeza do São Paulo. Marca uma data histórica no futebol nacional, até mundial, na apresentação de um atleta que reingressa nas cores tricolores. Será um fato absolutamente marcante não só no Morumbi, mas além das fronteiras do país. Dizia, Rogério Ceni, que quando fizesse 100 gols, comentava aos pares, o que vai ficar marcado não será a vitória, ainda que o adversário tenha sido quem foi. O que vai marcar definitivamente é o ato maiúsculo de um atleta que foi contratado para jogar com as mãos e faz 100 gols com os pés. Dizia ao Rogério, vamos lá, vamos recepcionar o Luis Fabiano. Ele teria de estar no Recife, mas vai estar esta noite. Luis dizia que queria voltar e eu falei que não, que cumprisse seu contrato. Mas ele insistia que estava triste. E aqui está Luis Fabiano. Esta homenagem que ele presta é uma coisa consagradora", discursou o presidente são-paulino Juvenal Juvêncio.



Quando recebeu o microfone das mãos do presidente, Luis Fabiano puxou um canto em homenagem a Rogério Ceni, que começa com um palavrão. E logo teve a companhia da torcida, que reforçou o coro: "PQP! É o melhor goleiro do Brasil! Rogério!".

Depois de inflamar o torcedor, o atacante falou como jogador tricolor. Inquieto e sorridente, ressaltou o quanto estava impressionado com a recepção em grandes proporções.

"É uma emoção muito grande estar aqui, é um sonho. Quando fui vendido para o Porto, dei uma entrevista chorando e disse que voltaria porque aqui é a minha casa. Estou realizando isso. Desde o aeroporto recebi o carinho do torcedor na rua, e espero corresponder a tudo isso com dedicação e gols. O Rogério ainda vai fazer muitos gols. Agradeço isso, vai ficar marcado para sempre. Agora é só alegria", disse o atacante são-paulino.

Em seguida, Rogério Ceni, o outro homenageado da noite, falou já como um certo tom de presidente. E não deixou de cutucar o Corinthians.

"Fico feliz pelo Luis estar voltando, mais feliz ainda por nunca ter deixado vocês, que amo de coração. Tenho hoje aqui as duas coisas mais importantes, minha família e vocês, que são o grande fato de tudo isso existir. Hoje vocês são os maiores. O fato que acontece aqui hoje jamais acontecerá novamente, primeiro porque temos casa para que isso aconteça, um lugar para receber a imensa nação. Obrigado por tudo", disse o capitão, que recebeu uma placa cravada em uma guitarra como homenagem pelo gol 100.

A provocação ao rival rendeu mais um canto da torcida; uma sátira a uma das músicas cantadas pelos próprios torcedores do Corinthians.

"Galhinha sem história, galinha sem estádio, freguês do tricolor", cantou a massa são-paulina.

No fim, o hino puxado no gogó por Nando Reis e um entusiasmado Rogério Ceni fecharam a festa. Mas não as provocações ao Alvinegro: “Libertadores o Corinthians nunca viu”, diziam os torcedores.

Imagem

Jornal da Paraíba

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