ESPORTES
Conheça os 19 atletas paraibanos nas Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio 2020
Competições começam no dia 23 de julho e contarão com 308 brasileiros.
Publicado em 17/07/2021 às 8:40 | Atualizado em 18/07/2021 às 7:12
A Paraíba terá 19 atletas olímpicos e paralímpicos integrando a delegação brasileira nas Olimpíadas de Tóquio. As competições começam oficialmente no dia 23 de julho, e contam com 308 atletas brasileiros competindo em diversas modalidades esportivas.
+ Confira a agenda dos paraibanos nas Olimpíadas de Tóquio
Nas delegações - olímpica e paralímpica - a Paraíba também está representada por profissionais que são muito importantes na briga dos atletas por medalha: técnicos, auxiliares, profissionais de educação física e da área da saúde.
Quem são os paraibanos que estarão nas Olimpíadas de Tóquio?
Álvaro Filho - Vôlei de Praia
Com 30 anos, Álvaro Filho vai para uma disputa olímpica pela primeira vez. Uma das mais importantes conquistas da sua carreira foi ao lado de um dos seus primeiros parceiros, o também paraibano Vitor Felipe. Juntos, foram medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015. Desde março de 2019, aceitou o convite e passou a atuar ao lado de Alison ‘Mamute’, que será o seu parceiro nas Olimpíadas de Tóquio.
Andressa Morais - Arremesso de Disco
Paraibana radicada em São Paulo, Andressa Morais vai entusiasmada para o desafio no Japão, após a conquista de uma medalha prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima no Peru, em 2019. Em sua trajetória como atleta, Andressa acumula três ouros no Sul-Americano da modalidade (Buenos Aires-2011, Lima-2015 e Assunção-2017).
Jucilene Sales - Lançamento de Dardo
O atletismo na casa de Jucilene Sales é algo muito comum, afinal foi ao lado da irmã - a velocista Jailma Sales - que a paraibana deu os primeiros passos. Diferente de Jailma, Jucilene trilhou um caminho pela prova do lançamento de dardo e dentre as suas principais conquistas está o bronze no Pan-Americano de Toronto, em 2015.
Matheus Cunha - Futebol
O atacante paraibano deu seus primeiros passos no futsal, vestindo a camisa do Esporte Clube Cabo Branco. No futebol, passagens pelo Coritiba, FC Sion (Suíça), RB Leipzig (Alemanha) e desde o ano passado, atua pelo Herta Berlim (Alemanha). Matheus Cunha é uma das principais apostas do futebol masculino para lutar por uma medalha em Tóquio.
Santos - Futebol
Como muitos talentos do futebol paraibano, o goleiro Santos começou sua carreira vestindo a camisa de equipes de outros estados. Revelado pelo Porto de Caruaru-PE, ele está no Athletico Paranaense desde 2008.
Luana Lira - Saltos Ornamentais
Por muito pouco, Luana Lira não ficou fora das disputas de Tóquio. Classificada, a Federação Internacional de Natação (Fina) reformulou os índices e isso tiraria a vaga da paraibana. Uma nova decisão confirmou novamente Luana Lira no evento, onde vai disputar a prova no trampolim de 3 metros, que é uma das duas especialidades.
Edival Marques ‘Netinho’ - Taekwondo
Foi treinando no bairro Mangabeira, em João Pessoa, que Netinho saiu para os Jogos Olímpicos da Juventude de 2014 na China, para conquistar a medalha de ouro na categoria 63kg, com apenas 17 anos. No mesmo ano, também foi ouro no Campeonato Mundial de Taekwondo Junior. Edival Marques, o Netinho, disputou duas edições do Pan-Americano de Taekwondo, sendo prata em 2016 e ouro em 2018. O paraibano foi ouro no Pan-Americano de 2019, em Lima, fato que não ocorria desde 2007, com Diogo Silva.
E os paraibanos que estarão nas Paralimpíadas?
Com um grande potencial e expectativa de medalhas, os atletas paralímpicos paraibanos estarão nas disputas em seis modalidades. A representação também está nas comissões técnicas destas modalidades, com dez paraibanos. As Paralimpíadas acontecem de 24 agosto a 5 de setembro, e tem 422 brasileiros competindo de medalhas para o país.
Um dos destaques é Petrúcio Ferreira, do Atletismo, que na Rio 2016 conquistou uma medalha de ouro (100m) e duas de prata (400m e revezamento 4x100m).
Aílton Andrade - Halterofilismo
Ailton sofreu de paralisia infantil no momento de seu nascimento, após um erro médico e a aplicação de bezetacil no nervo ciático, que atrofiou sua perna esquerda. Conheceu o halterofilismo por um amigo, que já estava na modalidade e o convidou para fazer uma visita onde treinava. Conquistou uma prata no Regional das Américas, na Colômbia, em 2018. No ano seguinte, ficou com uma medalha de bronze no Parapan de Lima, no Peru.
Ariosvaldo Fernandes - Atletismo
Nascido em Campina Grande, "Parré" como é conhecido, já representou o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos do Rio 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019, conquistando 11 medalhas, sendo seis de ouro, cinco de prata e uma de bronze, esta última no Mundial de Lion em 2011.
Cícero Valdiran - Lançamento de Dardo
Cícero nasceu com uma má-formação congênita bilateral nos pés. Em 2011, foi abordado na rua por uma pessoa com deficiência, que o convidou para conhecer o paradesporto. O atleta iniciou na natação e migrou para o atletismo em 2013. Uma das suas principais conquistas foi uma medalha de ouro no lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.
Damião Robson - Futebol de 5
Sofreu um acidente com arma de fogo aos 16 anos e perdeu a visão. Sempre jogou futebol e, aos 18, começou a praticar o futebol de 5. Damião está na seleção brasileira da modalidade desde 2004 e esta será a sua quarta paralimpíada.
Emerson Silva - Goalball
O paraibano Emerson Silva integrou a equipe vice-campeã na Hungria e foi convocado para vestir a camisa da Seleção nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, onde conquistou uma medalha de ouro.
Joeferson Marinho - Atletismo
Joeferson nasceu com albinismo. Aos 3 anos, foi diagnosticado com baixa visão. Começou no atletismo aos 9 anos, como brincadeira. Passou a competir nas Paralímpiadas Escolares em 2013. Com os bons resultados, passou a se dedicar mais a modalidade e foi apresentado a Pedrinho, seu atual técnico, em 2016, com quem passou a treinar
José Roberto - Goalball
Nasceu cego e iniciou sua jornada esportiva cedo, aos 9 anos. Assim como diversos outros atletas paralímpicos, não achou sua vocação rapidamente. Passou pelo atletismo, pelo futsal e pela natação antes de chegar ao goalball, onde acabou se tornando um medalhista paralímpico com a prata conquistada em Londres 2012. Quatro anos depois, no Rio 2016, voltou a subir ao pódio ao ajudar o Brasil a ficar com o bronze. José Roberto também integrou a seleção que conquistou os ouros nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, em 2015, de Guadalajara, em 2011, e no Mundial da IBSA na Finlândia, em 2014.
Luan Lacerda - Futebol de 5
O paraibano começou a jogar futsal aos 8 anos de idade. Em 2013, após um convite feito por Damião Robson, entrou para o mundo do futebol de 5. Desde então, vem sendo convocado para a seleção e é um dos nomes de confiança do técnico e ex-goleiro Fábio Luiz Vasconcelos.
Matheus Costa - Futebol de 5
Um amigo, que era goleiro de futebol de 5, o convidou para conhecer a modalidade em 2012. Foi convocado para Seleção pela primeira vez em março de 2018. Integrou a delegação que disputou o Parapan de Lima em 2019 e a Copa América de São Paulo.
Petrúcio Ferreira - Atletismo
Petrúcio sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo. O paraibano gostava de jogar futsal e sempre foi muito rápido, e a velocidade chamou a atenção de um treinador.
Silvana Fernandes - Taekwondo
Natural de São Bento, no interior paraibano, Silvana nasceu com má-formação no braço direito. Aos 15 anos, começou a praticar atletismo no lançamento de dardo. Em 2018, enquanto competia na regional norte-nordeste do Circuito Brasil Loterias Caixa em Aracaju, foi convidada para conhecer o parataekwondo. No ano seguinte, migrou para a modalidade e já faturou o ouro na categoria até 58kg nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.
Willians Araújo - Judô
Aos 10 anos de idade, o hoje judoca da seleção paralímpica brasileira brincava com a espingarda de chumbinho do seu pai, na casa da família, quando a arma disparou contra o seu próprio rosto. Conquistou a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro, representando seu país na categoria mais de 100 kg masculino.
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