Craques do passado: Chicletes, o paraibano artilheiro da Taça Brasil pelo Treze

Ex-jogador de Campinense, Treze, Auto Esporte, Sporting-POR e Seleção Portuguesa, paraibano foi o maior goleador do torneio nacional em 1967.

Até hoje, apenas em uma ocasião o futebol paraibano teve o artilheiro da principal competição de futebol do país. Eduardo, do Treze, foi um dos maiores goleadores da Série C do Campeonato Brasileiro em 2018. Nilson Sergipano, pelo Botafogo-PB, foi o grande artilheiro da mesma competição em 2003. Mas ser o maior goleador da principal competição do país, só o atacante Chicletes. 

Foi em 1967 que José Morais, o Chicletes, desbancou Ademir da Guia, do Palmeiras, Alcindo, do Grêmio, dentre outros, e se tornou o artilheiro da Taça Brasil, que era, naquela época, o Campeonato Brasileiro. 

Nascido em Esperança, no interior da Paraíba, no dia 20 de fevereiro de 1942, Chicletes foi um dos grandes jogadores da história do futebol paraibano. Começou a sua carreira no Auto Esporte, mas marcou época com as camisas de Treze e Campinense, na Paraíba.

Craques do passado: Chicletes, o paraibano artilheiro da Taça Brasil pelo Treze
Chicletes pelo Campinense

Pela Raposa, Chicletes esteve presente em dois títulos paraibanos do clube, em 1961 e 1962, sendo um dos principais nomes do time. Foi bicampeão numa base de equipe que viria a ganhar o famoso hexacampeonato pelo Campinense, de 1960 a 1965. 

Foi jogar no Vitória de Setúbal, de Portugal, passou ainda pela Portuguesa, até voltar ao seu estado natal para jogar no Treze. Foi no Galo da Borborema que Chicletes cravou seu nome na história do futebol brasileiro. 

Campeão paraibano de 1966, o Treze foi o representante paraibano na Taça Brasil de 1967. O torneio reunia os campeões estaduais de vários estados brasileiros, e tinha realmente um caráter nacional, representando com mais fidelidade, nesse sentido, uma ideia de Campeonato Brasileiro. 

Craques do passado: Chicletes, o paraibano artilheiro da Taça Brasil pelo Treze

O torneio começava de maneira regionalizada. No Grupo Nordeste, o Treze de Chicletes foi o melhor da chave e avançou para o mata-mata. No primeiro mata-mata da fase Norte-Nordeste, o Galo passou do Leônico-BA. Depois, encontrou o América-CE e acabou sendo eliminado na semifinal da fase Norte-Nordeste. O Náutico venceu essa fase e decidiu o título contra o Palmeiras, que acabou sendo o campeão da Taça Brasil daquele ano. 

De todo modo, o grande goleador da competição foi o paraibano Chicletes, que conseguiu o feito por um time do seu estado, o que é ainda mais simbólico. O atacante marcou 9 gols e foi o grande goleador do torneio. Essa foi também a melhor participação do Treze em um campeonato nacional de elite, terminando a competição em nono lugar. 

Chicletes, no entanto, fez história também fora do país. Depois dessa campanha pelo Galo, voltou a Portugal e foi jogar no Sporting, um dos maiores clubes do país. Chegou até a jogar pela Seleção Portuguesa, depois de ter se naturalizado português. Conseguiu fazer história na Paraíba, no Brasil e na Europa.