O futebol é algo curioso.
Porque você veja bem.
São duas vitórias e um empate. Um inédito e impressionante início de Série C.
Belo invicto. Jogando bem. Conquistando resultados importantes – e impactantes.
E, ainda assim, aquela sensação estranha, inusitada, de certa forma inédita, de que foi pouco. De que cabia mais.
O placar de 2 a 2 na Arena das Dunas, contra o América, em Natal, faz esse imponderável vir à tona.
O torcedor olha a tabela e solta um palavrão empolgado.
Sete pontos em três jogos. Sendo que dois desses jogos fora de casa.
Mas, quando apura o olhar, vê o jogo contra o América, a superioridade do Botafogo, o volume de jogo, bate aquela ideia de que…
– É isso. Dava para ter vencido!
Principalmente porque, vamos ser sinceros, o resultado foi injusto demais.
E aqui eu nem me apego à impressão de que o pênalti do América de Natal foi mal marcado. Eu até acho isso, mas falo sem ver análises ou replays, apenas com base no que vi e senti ao assistir ao lance no calor do momento, na arena, na imprecisão do “ao vivo”.
Ainda assim, falo de injustiça quando penso que Mota e Ewerton, respectivamente os goleiros do Belo e do América, levaram os mesmos dois gols cada um.
Imagina!
A segurança de um, a insegurança do outro ao longo do embate, ambos levando dois gols numa mesmíssima partida.
Paciência.
O futebol é assim mesmo.
Faz o torcedor ser um eterno insatisfeito.
Porque…
Se no início do ano o medo era com um eventual risco de rebaixamento, o ritmo cadenciado e elegante do jogo que o Belo apresenta neste início de Série C faz o torcedor sonhar com aquilo que antes parecia impossível. E aí, paciência, vai sempre querer mais.
Mas calma. Muita calma.
Ainda não é hora de nominar o que antes parecia impossível.
Como se diz no popular, pode agourar.
E em meio ao êxtase desse início de Série C, isso é tudo o que o botafoguense quer evitar por ora.
