ESPORTES
Volta Redonda x Botafogo-PB: dói, mas passa, tem que passar
Crônica da derrota por 2 a 1 do Belo para o Voltaço, pelo quadrangular do acesso da Série C do Campeonato Brasileiro 2023, por Phelipe Caldas.
Publicado em 11/09/2023 às 10:52
Está tudo dentro das possibilidades.
O Belo perdeu fora de casa, 2 a 1 para o Volta Redonda, e caiu para a terceira posição do quadrangular do acesso.
De toda forma, não tem nada perdido, lógico.
Ainda faltam quatro jogos pela frente e a diferença para os líderes da tabela é de apenas um ponto.
Joga contra o Paysandu na terceira rodada.
Tem uma semana inteira para renascer.
Para bater no peito, gritar, chamar o feito à ordem, respirar fundo, seguir em frente.
Mesmo jogando uma vez mais fora de casa, pode vencer, empatar, tudo ficará embolado.
Então, no rigor frio dos números, nenhum motivo para desespero. O acesso é logo ali. Está tudo dentro do roteiro.
O que não significa que o torcedor botafoguense não possa lamentar, e muito, o que se viveu nesse domingo (10) no Estádio da Cidadania (nome popular muito mais bonito do que o oficial).
Porque, depois de um primeiro tempo brigado e estudado, em que o Botafogo-PB jogava de forma segura, os dois gols sofridos na etapa final foram impressionantes, impactantes, absolutamente difíceis de entender.
Destaque para o primeiro deles, um verdadeiro presente do Belo para o rival do interior fluminense.
A zaga furou. A bola passou incólume pela área do Belo, mas curiosamente sem perigo. E partiu do próprio Botafogo-PB a "dupla assistência" que culminou no gol do Volta Redonda.
Se nada tivesse sido feito após a furada, o gol simplesmente não sairia. Mas a defesa resolveu agir. E, justo ao agir, entregou a bola em condições ideais para o chute derradeiro que terminou em dor.
O segundo gol do adversário, para piorar, saiu após outro erro conjunto do setor defensivo do Belo, num momento em que o time paraibano já jogava em vantagem numérica, após a expulsão de um atleta do outro lado.
Foi duro, principalmente por causa do gol do Belo no fim, que deixou aquela falsa sensação de "quase".
Bastava um detalhe, um dos gols do adversário não ter saído, um erro ter sido evitado, e o Belo teria ao menos empatado, seguiria na zona de classificação, embalaria na competição.
Paciência.
Lamente-se, mas não tanto.
É esquecer o que passou e seguir em frente.
Porque, tal como gostava de cantar Raul Seixas, numa adaptação livre dos versos de Ouro de Tolo, "tem uma porção de coisas grandes para conquistar e o Belo não pode ficar aí parado".
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