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Danylo, presidente do Campinense, critica postura de MP e PM e quer diálogo dos clubes com os serviços de segurança

Mandatário da Raposa, disse que o clube, em conjunto com o Botafogo-PB, têm trabalhado para manter um diálogo com o organismo público e o serviço de segurança, mas ambos não estão abertos à conversa,

Publicado em 11/05/2022 às 18:20 | Atualizado em 12/05/2022 às 8:01


                                        
                                            Danylo, presidente do Campinense, critica postura de MP e PM e quer diálogo dos clubes com os serviços de segurança
(Foto: Divulgação/FPF-PB)

O Ministério Público da Paraíba decidiu que ambas as partidas da decisão do Campeonato Paraibano Pixbet 2022 acontecerão com torcida única nos Estádios Almeidão e Amigão. No entanto, faltando três dias para o primeiro jogo, Campinense e Botafogo-PB seguem trabalhando nos bastidores para reverter o posicionamento. O presidente da Raposa, Danylo Maia, inclusive, acusou o MP e PM de não darem oportunidade do Rubro-Negro e Belo se posicionarem.

Botafogo-PB e Campinense são favoráveis à presença das duas torcidas tanto na ida quanto na volta da final do Campeonato Paraibano. Ambos os clubes, além da Federação Paraibana de Futebol (FPF-PB) têm tentado a liberação por parte do Ministério Público. No entanto, o procurador de Justiça, Valberto Lira, afirmou que não há possibilidade de mudança.

O presidente da Raposa, Danylo Maia, disse que o clube de Campina Grande tem buscado o diálogo com o Ministério Público desde segunda-feira, mas não tem sido atendido. Além disso, contatos também têm sido feitos com a Polícia Militar. No entanto, segundo ele, a força de segurança sequer demonstra vontade em ouvir a proposta do Campinense.

Desde segunda-feira que eu tenho buscado diálogo. Não só com o Ministério Público, mas também com a polícia, através do novo comandante. Mas eles não demonstram nenhum tipo de interesse em nos receber. E esse pedido é um pedido em conjunto, tanto da minha parte, quanto da parte do presidente do Botafogo-PB, Alexandre Cavalcanti, disse.

Além da tentativa em conjunto com o Botafogo-PB e a Federação Paraibana de Futebol (FPF-PB) para reverter a decisão do Ministério Público, o Campinense já recorreu até mesmo ao Governo do Estado da Paraíba. Entretanto, Danylo acredita que, por 2022 ser ano de eleição, não há uma vontade do poder executivo em interferir em favor da torcida visitante nos dois jogos.

A gente já tentou outras vias, através do Governo do Estado, na pessoa do governador João Azevêdo, e da presidente da Federação Paraibana de Futebol, Michelle Ramalho. Eu acredito que neste período eleitoreiro ninguém quer se comprometer, afirmou.

Além disso, Danylo Maia voltou a criticar a Polícia Militar. Segundo ele, o serviço não quer se responsabilizar por qualquer ocorrência que possivelmente possa ter nas duas partidas.

A polícia não quer se comprometer para dar o risco de dar uma m****, e eles entrarem no circuito da responsabilidade. Mas eles não param nem para ouvir o que a gente tem para propor, comentou.

Danylo ainda detalhou o esquema de segurança montado por Campinense e Botafogo-PB para proteger tantos os torcedores da casa, quanto os visitantes.

Antecipação de uma carga de ingresso para o visitante. A gente cedia 2.000 ingressos para o Botafogo-PB. O Botafogo-PB vendia para o torcedor deles lá em João Pessoa. O torcedor já chegava aqui com o ingresso na mão. Toda uma programação para que o torcedor visitante seja recebido pela Polícia e seja conduzido até o estádio. A gente estava com uma programação pronta, mas ninguém quer ouvir. Infelizmente vai ficar nisto mesmo: jogo em João Pessoa, torcida do Botafogo-PB; jogo em Campina Grande, torcida do Campinense, discorreu.

Por fim, Danylo Maia criticou novamente a postura da polícia, e disse que é possível haver conflitos, mesmo que não seja disponibilizada a carga de ingressos para a torcida única.

Agora, a polícia ainda não entendeu que, fazendo dessa forma, ainda se corre o risco de violência. Porque um torcedor pode ir à paisana para um jogo desse, entrar e, na hora do gol do time dele, ele vibrar. E aí? Se junta 200, 300 torcedores, sem camisa do time, quem vai impedir de ele vibrar? Não sei o que esse povo pensa da vida, finalizou.
Imagem

Matheus Aquino

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