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ESPORTES

Eliminados da Copa do Brasil, Campinense e Treze recebem cobrança por falta de pagamento das taxas dos jogos

Clubes estão sendo cobrados pela Comissão Nacional de Arbitragem pelo não pagamento de arbitragem e pessoal de apoio.

Publicado em 23/03/2021 às 16:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 15:20

Por Raniery Soares


				
					Eliminados da Copa do Brasil, Campinense e Treze recebem cobrança por falta de pagamento das taxas dos jogos
(Fotos: Leonardo Silva/Futura Press e Fernando Almeida/América-MG). (Fotos: Leonardo Silva/Futura Press e Fernando Almeida/América-MG)

O prejuízo das eliminações de Campinense e Treze na Copa do Brasil ainda está repercutindo, principalmente na questão financeira. É que as equipes paraibanas estão sendo cobradas pela falta de pagamento das taxas dos jogos que sediaram, nas últimas semanas, no Estádio Amigão. Inclusive, esta situação já parou na Comissão Nacional de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que tenta garantir o pagamento dos árbitros que trabalharam nos jogos.

Leia mais:

+ Salários atrasados, promessas vazias e cestas básicas para funcionários fazem parte do ambiente do Treze em 2021

O Entre Linhas apurou que os clubes já foram notificados dos débitos formalmente e, por isso, o blog fez contato com os citados, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

O Campinense, além de ter saído de campo com o gosto amargo da eliminação por 7 a 1 diante do Bahia, ainda precisaria desembolsar R$ 23.545,71 para o pagamento das despesas da partida, a exemplo das taxas da arbitragem (incluindo transporte e hospedagem), além da remuneração para os representantes da CBF e da Federação Paraibana de Futebol (FPF).


				
					Eliminados da Copa do Brasil, Campinense e Treze recebem cobrança por falta de pagamento das taxas dos jogos
Trecho do boletim financeiro do jogo entre Campinense x Bahia (Foto: Reprodução/CBF).

Na súmula deste jogo, o árbitro Dyorgines José Padovani de Andrade (CBF-ES) escreveu nas observações que, além das taxas não terem sido pagas pelo Campinense, “o recibo de pagamento e despesas não foi devolvido para a equipe de arbitragem para que pudéssemos fazer o relatório financeiro”.

Esta afirmação foi reforçada pelo delegado da partida, Marcílio de Lima Braz, que registrou a falta de pagamento das taxas no relatório da partida.

Uma semana depois, o mesmo episódio se repetiu no duelo do Treze contra o América-MG. Após a derrota por 1 a 0 para o time mineiro, o Galo da Borborema também não pagou os R$ 21.683,13 referentes às despesas do jogo. Desta vez, o relato foi feito na súmula pelo árbitro Sávio Pereira Sampaio (CBF-DF).

Pelo que foi apurado pelo Entre Linhas, na Copa do Brasil, a obrigação de pagamento de todas as despesas é de responsabilidade do clube mandante, inclusive taxas de arbitragem e pessoal de apoio (CBF e FPF). Um cenário diferente ocorre na Copa do Nordeste, onde a CBF faz um repasse financeiro, de forma antecipada, às Federações e estas entidades que administram o futebol local ficam responsáveis pelos pagamentos, como uma espécie de ‘empréstimo’ aos clubes.

Porém, de acordo com o Estatuto do Torcedor, no parágrafo único do seu Art. 30, “a remuneração do árbitro e de seus auxiliares é responsabilidade da entidade de administração do desporto ou da liga organizadora do evento esportivo”.

A grande (e importante) pergunta que fica é: quantos dirigentes conhecem, já leram ou discutem isso com as entidades que administram o futebol no país? Infelizmente, na ânsia de ver o seu time jogando uma competição de expressão como a Copa do Brasil, muitos podem ficar cegos pelos vultuosos recursos atribuídos às cotas e esquecem dessas ‘filigranas’, que sempre surpreendem os que dispensam o ato de ler (e interpretar) a legislação que envolve o próprio esporte que atuam.

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Entre Linhas

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