ESPORTES
FPF vê 'problema sério' para adiar o Paraibano
Presidente da FPF afirmou que não poderá realizar jogos sem o aval do Ministério Público, mas diz que será difícil encontrar datas para as partidas.
Publicado em 28/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/05/2023 às 12:20
Um problema muito sério. É assim que a presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF) Rosilene Gomes define a situação do Campeonato Paraibano 2014. Após o veto da Comissão Estadual Permanente de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios a três estádios da Paraíba (Teixeirão, Perpetão e Marizão), a mandatária do órgão máximo do futebol estadual afirmou que não poderá realizar jogos sem o aval do Ministério Público, mas diz que será difícil encontrar datas para as partidas, caso a competição seja adiada, como sugeriu o procurador de Justiça Valberto Lira.
Rosilene Gomes se mostrou muito preocupada com a realização do Estadual 2014. Ela contou que agendou uma reunião com o Ministério Público e a Polícia Militar para a manhã da próxima segunda-feira para chegar a uma decisão quanto a adiar ou não o Paraibano. Mas lembrou que há muito tempo alertou para os problemas das praças esportivas do Estado.
"Só posso responder oficialmente após a reunião que eu tenho na segunda-feira com o Ministério Público e a Polícia Militar.
Vou analisar o relatório da comissão e tomar uma decisão. Mas estou vendo que a coisa está muito séria e vai ser muito difícil encontrar uma solução. Agora eu estou há seis meses avisando dos problemas dos estádios, e só agora, em cima da hora, que os responsáveis estão procurando resolver", disse.
Ela explicou que não vai arriscar realizar um jogo em um estádio que não seja aprovado pelo Ministério Público, já que, em caso de acidentes durante as partidas, o seguro não será obrigado a ressarcir eventuais vítimas. Porém, Rosilene também atenta para a falta de datas para realocar partidas do Estadual, já que, como 2014 é ano de Copa do Mundo, o calendário de jogos será muito apertado.
"É aquela história: se a gente faz um jogo em um local que o Ministério Público não aprova e acontece alguma coisa, que Deus nos livre, o seguro não vai poder socorrer a vítima. E eu não vou arriscar de deixar o torcedor inseguro. Agora, onde vou buscar datas para colocar jogos? Como vou mudar as datas em um calendário tão apertado? É um caso muito sério", concluiu.
Além dos problemas com Teixeirão, Perpetão e Marizão, que foram vetados, os dois principais estádios do Estado, o Almeidão, em João Pessoa, e o Amigão, em Campina Grande, passam por reformas e só têm previsão de receber jogos a partir da terceira rodada. Esses estádios, além da Graça, também passarão por vistorias, mas até agora não há previsão de datas.
SECRETÁRIO ENDOSSA SUGESTÃO DO MP
O Secretário de Esportes da Paraíba, Tibério Limeira, também é a favor do adiamento do início do Campeonato Paraibano. Ele esteve presente às vistorias realizadas nos estádios Perpetão, em Cajazeiras, e Marizão, em Sousa, e concorda com a opinião do Ministério Público da Paraíba de que as praças esportivas não têm condições de receber jogos da competição.
Tibério Limeira vai se reunir com a FPF para sugerir que o Campeonato Paraibano não comece no dia 5 de janeiro, como previsto.
"Nós mantemos a ideia que é negociar com a FPF para que a gente atrase o início do Campeonato Paraibano em uma semana ou 10 dias, no máximo. Queremos garantir que ajustes sejam feitos em Campina Grande, Cajazeiras e João Pessoa para que os jogos continuem acontecendo e as reformas também", contou o secretário durante a vistoria dos estádios sertanejos.
ATLÉTICO É CONTRA
Entre os clubes, o único que se pronunciou até aqui foi o Atlético de Cajazeiras. Mesmo com o veto do Perpetão, o presidente Júnior Quirino não quer o adiamento do Paraibano.
Ele explicou que, caso tenha que jogar as duas primeiras rodadas no José Cavalcanti, em Patos, as despesas lhe custarão R$ 10 mil, enquanto que o pagamento de salários ficariam em torno de R$ 30 mil.
"O nosso desejo principal é jogar em Cajazeiras, se a gente conseguir concluir as obras. Agora, se a gente não conseguir, eu prefiro que o campeonato não seja adiado, porque aí vou ter que pagar mais um mês de salário para os meus jogadores. É melhor jogar fora de casa, em Patos ou em Sousa, do que pagar mais uma folha", alegou.
PV E JOSÉ CAVALCANTI LIBERADOS PARA JOGOS
Depois de três reprovações (Teixeirão, Marizão e Perpetao), finalmente o Campeonato Paraibano teve os primeiros estádios liberados pela Comissão Estadual de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios. O que não deve mudar muita coisa, já que o Estádio Presidente Vargas e José Cavalcanti não estão entre aqueles que vão receber jogos em 2014.
O primeiro a ser vistoriado pela comissão foi o José Cavalcanti, em Patos. Mesmo com restrições, a praça foi liberada para sediar jogos. Mas como os dois times da cidade, Nacional e Esporte, não vão disputar o Campeonato Paraibano, o JC fica apenas como opção para os dois times sertanejos (Atlético e Sousa) caso não tenham seus estádios liberados.
Já o PV recebeu a comissão à tarde. Aprovado sem restrições, o estádio não será cedido pelo Treze para Campinense, Sport Campina e Queimadense. A justificativa é que o Galo estará se preparando para a Copa do NE. (Do GloboEsporte.com)
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