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Futebol 2025: Flamengo domina, Palmeiras gasta mais e fica sem taças, enquanto Vasco amplia jejum
Temporada do futebol brasileiro foi marcada por hegemonia rubro-negra, decepção alviverde e sabor amargo para Botafogo, Atlético-MG e Vasco.
Publicado em 23/12/2025 às 7:26
O ano de 2025 foi, mais uma vez, marcado por uma rivalidade que vem sendo protagonista no futebol sul-americano. Flamengo e Palmeiras chegaram ao fim de mais um capítulo do clássico brigando por títulos e esbanjando o poderio financeiro que vêm construindo. Porém, os altos gastos do Alviverde não se refletiram em campo, resultando em uma temporada marcada por três vices, reflexões e incertezas para 2026, enquanto o Rubro-Negro mais uma vez impôs um domínio irretocável na América do Sul.

Além disso, alguns coadjuvantes bem que tentaram chegar à glória, mas acabaram esbarrando nas próprias escolhas e atuações. O Botafogo viu o histórico ano de 2024 não se repetir e caiu na instabilidade. Nas copas, Atlético-MG e Vasco até surpreenderam, mas viram a temporada terminar com um gosto amargo.
A glória do Botafogo que caiu na derrocada
O ano de 2024 ficou marcado na história do Botafogo, que foi campeão brasileiro após 29 anos e da Libertadores pela primeira vez, fazendo a torcida do Glorioso viver um sonho e não querer acordar. Porém, uma nova temporada chegou, e o sonho virou pesadelo. Logo de cara, dois vices: Supercopa do Brasil, perdendo para o Flamengo, e Recopa Sul-Americana, diante do Racing.
A saída do técnico Artur Jorge tirou o Botafogo da zona de conforto, precisando buscar um novo comandante. Carlos Leiria, Renato Paiva e Davide Ancelotti assumiram o cargo ao longo do ano, mas nenhum deles conseguiu repetir o feito do português. A instabilidade durante a temporada e a dificuldade de ter uma atuação sólida fizeram o Alvinegro se contentar com uma pré-Libertadores.

Flamengo confirma hegemonia; Palmeiras gasta e fica novamente sem levantar troféus
Entre as principais equipes do país desde 2018, Flamengo e Palmeiras protagonizaram mais um capítulo da rivalidade. Contudo, o ano foi dos cariocas, que ergueram seis taças, entre elas, duas com o Alviverde como vice: a Libertadores e o Brasileirão. Com um técnico promissor e um elenco repleto de medalhões, a América do Sul foi pintada de vermelho e preto mais uma vez.
Porém, o ano do Flamengo não se restringiu apenas ao continente sul-americano; a Copa do Mundo de Clubes e o Intercontinental foram a prova disso. Os títulos do Dérbi das Américas e da Copa Challenger, reconhecidos pela Fifa, aliados às atuações marcantes contra Chelsea e PSG, colocaram o clube nos holofotes do cenário internacional.

Em contrapartida, o Palmeiras gastou aos montes, mas viu, após seis temporadas, o ano terminar sem uma taça para a galeria de troféus. Ao todo, foram 12 contratações, totalizando R$ 702 milhões de investimento, sendo o maior montante investido pelo clube em toda a sua história. Antes disso, o maior valor tinha sido registrado em 2024, ano em que conquistou apenas o estadual, que foi seu último título.
Contando com nomes como Vitor Roque, Paulinho e Andreas Pereira, que juntos custaram R$ 332 milhões, o Alviverde ficou à frente de Botafogo e Flamengo, que investiram R$ 665 milhões e R$ 277 milhões, respectivamente.

Os “quases” que escancaram o fiasco
Na Sul-Americana, quem vive como coadjuvante teve a chance de brilhar. O Atlético-MG chegou à decisão como franco favorito, já que, apesar da instabilidade no Brasileirão, fez uma campanha sólida no torneio internacional. Contudo, o vice para o pouco tradicional Lanús e a chance de garantir uma vaga na Libertadores desperdiçada escancararam o ano fraco do Galo.
Por outro lado, a decisão da Copa do Brasil reuniu dois personagens interessantes. De um lado, o Vasco, que vive crises financeiras, a implementação de uma SAF que não funcionou e o jejum de títulos nacionais que amargam ainda mais a vida dos torcedores. Do outro, o Corinthians, que convive com polêmicas na política, dificuldades para contratar, crise financeira ainda maior, mas que voltou a erguer uma taça nacional.
Sob o comando do técnico Fernando Diniz, o retorno do meia Philippe Coutinho e a promessa do atacante Rayan, o torcedor do Cruzmaltino voltou a ter esperanças em um ano melhor. Sequências de invencibilidade e boas atuações, como goleadas diante de Santos e Internacional, fizeram com que crescesse a expectativa por um título.

A última grande conquista foi em 2011, e, em 2025, o Vasco teve a oportunidade de conquistar a Copa do Brasil pela segunda vez. Porém, no duelo dos ex-técnicos da Seleção Brasileira, Dorival Júnior levou a melhor, fez valer o retrospecto em copas e garantiu o tetracampeonato da competição para o clube de São Paulo.
Para 2026, segue o jejum do Cruzmaltino sem conquistar grandes títulos. Já para o Timão, vem a oportunidade de voltar à Libertadores, investir os R$ 77 milhões conquistados com a Copa do Brasil e tentar organizar os bastidores, isso porque, neste ano, o clube viveu crises políticas, o impeachment do presidente Augusto Melo e o transfer ban com a dívida contraída pela contratação do zagueiro Félix Torres.

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