ESPORTES
Historiador de Campina Grande escreve livro sobre os 50 anos do Amigão
Jilton Lucena conta a história do estádio, construído em 1975, após reivindicação da crônica esportiva campinense.
Publicado em 07/03/2025 às 9:32
Em 2025, dois grandes palcos do futebol paraibano estão completando 50 anos. Construídos em 1975, o Amigão e o Almeidão já receberam momentos marcantes protagonizados pelas equipes da Paraíba. Pensando nisso, Jilton Lucena, historiador de Campina Grande, resolveu escrever um livro contando a história da praça esportiva da Rainha da Borborema, além de mostrar a relação entre os dois estádios em cinco décadas de “irmandade”.

Na época, a proposta de construção dos estádios foi bastante discutida. Isso porque Ernesto Geisel, presidente do Brasil em 1975, fez a promessa de que todas as capitais brasileiras iriam receber uma praça esportiva de grande porte, com o objetivo de incentivar o futebol brasileiro. Naquele período, Campina Grande já se destacava no cenário paraibano com Campinense e Treze e, assim, em 1972, a cidade iniciou uma reivindicação para que também recebesse um estádio.
— A crônica esportiva de Campina Grande lançou uma campanha chamada “Campina precisa de um estádio”. Após um ano pedindo ao governador Ernani Satyro, ele cedeu e disse que iria dar um jeito de construir não só um, mas dois estádios na Paraíba. E assim o fez. Além dessas questões, vários outros pontos podem ser vistos no livro — disse Jilton.

Além de contar a história dos estádios, a proposta do livro é prestar uma homenagem à crônica esportiva de Campina Grande, que foi responsável diretamente pela construção na cidade. Originalmente, a praça esportiva da Rainha da Borborema se chama Estádio Governador Ernani Satyro; porém, ficou conhecido como Amigão. Essa é uma das curiosidades explicadas por Jilton no livro.
— Muita gente me pergunta por que “Amigão”, e aí explico no livro que é porque o governador Ernani Satyro tratava todo mundo por “Amigo, amigão, grande amigo, amigo velho”. Então, na época, resolveram apelidar Ernani Satyro de “O Amigão” — explicou.

A ideia para escrever o livro surgiu após uma pesquisa realizada por Jilton para o mestrado em História pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), sobre o radiojornalismo esportivo campinense. Segundo ele, existia uma lacuna sobre a história do surgimento do Estádio Amigão, então, em 2022, após concluir o mestrado, ele buscou criar uma obra contando a história do “Colosso da Borborema”, o “irmão gêmeo” do Almeidão.
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