ESPORTES
Igualzinho a 1990
Alemanha e Argentina chegam a mais uma final de Copa do Mundo; em 1990, na Itália, os alemães ficaram com o título.
Publicado em 11/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 05/02/2024 às 16:41
Um time que chega à final sem ter a melhor Seleção, mas com um jogador que já foi (e para muitos ainda é) o melhor do mundo. Esse mesmo time ainda não fez nenhuma partida brilhante, mas se apoia num sistema defensivo eficiente e num lampejo de algum atacante. E, para terminar, num goleiro que ninguém conhecia muito, mas que se revelou um excelente pegador de pênaltis.
Estou falando da Argentina de hoje, mas a descrição vale para a mesma Argentina de 24 anos atrás. Na Copa de 1990, Maradona já não era o melhor do mundo, assim como Messi não é hoje. Mas ambos são a grande razão de suas equipes terem ido tão longe. Naquela Copa, os hermanos levaram apenas três gols até a grande final. No meio do caminho, Goycochea tratou de eliminar Iugoslávia e Itália nas cobranças de pênaltis.
O mais curioso disso é que a rival na decisão é a mesma. A Alemanha de 1990 também tinha um time parecido com o atual, mesclando jogadores jovens (como o goleiro Ilgner, de 28 anos), outros no auge da carreira (como Klinsmann, 26) e experientes (como Voeller, Littbarski, Brehme e Matthaus, todos com 30). No time de hoje, tem a juventude de Thomas Muller e Kroos, de 24 anos, e Özil, de 25), aliado à experiência de Schweinsteger (29), Lahn (30) e Klose (36).
Lembro-me da Copa de 1990 e como o mundo “implorou” para a Alemanha ser campeã. Menos pela rivalidade boba com a Argentina (que só ganha ares de intolerância aqui no Brasil) e mais pelo futebol-arte.
Não que aquele time dirigido por Franz Beckenbauer fosse algo espetacular. Mas ainda era o melhor da Copa, o que mais tinha feito gols. Era uma equipe, e não um amontoado de jogadores lá atrás à espera que seu gênio decidisse.
Igualzinho a 2014.
2 toques
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou ontem, no briefing diário da Fifa promovido no auditório do Maracanã, que a presidente Dilma Rousseff deverá entregar a taça ao campeão do mundo no domingo, após a final entre Alemanha e Argentina
Por outro lado, temendo vaias da torcida, Dilma não deverá comparecer à partida pelo terceiro lugar, entre Brasil e Holanda, neste sábado, apesar de o jogo ser no Mané Garrincha, em Brasília.
Foi bem
A média de gols da Copa subiu após as semifinais, graças, é claro, à goleada de 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil. Além de elevar a média de tentos para 2.69 gols por jogo, a melhor desde 1994, deixa o Mundial do nosso país perto de se tornar o com o maior número de gols da história. Com 167 gols até aqui, faltam apenas quatro para se igualar à Copa da França, em 1998, que teve 171.
Foi mal
A ordem dos batedores de pênaltis da Holanda não era a desejada pelo técnico Louis Van Gaal. Derrotado por 4 a 2 pela Argentina nas cobranças, o treinador revelou que tentou dois jogadores para a primeira batida, mas ambos recusaram, deixando a responsabilidade para Vlaar. Além disso, o comandante então pôde repetir a estratégia de colocar o goleiro reserva Krul por já ter feito três alterações.
Semáforo
Sinal vermelho
Punição mantida - A Fifa anunciou ontem a decisão do Comitê Disciplinar em manter a suspensão de Luis Suárez pela mordida no zagueiro italiano Giorgio Chiellini. Assim, a apelação uruguaia para a redução da pena ao jogador foi rejeitada pela entidade.
Sinal amarelo
Duelo de técnicos - Cordial com todos os treinadores que enfrentou até aqui, Luiz Felipe Scolari provavelmente não o será amanhã contra a Holanda, de Louis van Gaal. Irritado por uma declaração do rival, o brasileiro o ofendeu chamando-o de “burro” e “mal-intencionado”.
Sinal verde
O melhor - O meia alemão Toni Kroos assegurou a liderança do ranking de eficiência da Fifa após a disputa das semifinais. A média do jogador, que anotou dois gols e teve participação decisiva em outros gols da equipe na goleada de 7 a 1 sobre o Brasil, chegou a 9,79.
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