João Pessoa Espectros é lembrado em encontro da NFL

O JORNAL DAPARAÍBA (o GloboEsporte.com/PB) foi o único veículo presente fora do eixo Rio-São Paulo na programação oficial do "American Football Without Barriers" (Futebol Americano Sem Barreiras). Foi a primeira vez que atletas profissionais da NFL, a liga de Futebol Americano, realizaram o evento no Brasil. A coletiva aconteceu no Rio de Janeiro, na sexta-feira (14).

Uma das primeiras perguntas foi sobre Michael Sam, jogador que está cotado para entrar na NFL nessa temporada, devido aos seu bom desempenho no campeonato universitário, e que esta semana se tornou o primeiro jogador de futebol americano a revelar que é gay.

Depois de alguns segundos com os jogadores passando o microfone de um para
outro, como se quisessem escapar do tema, foi Breno Giacomini, o anfitrião, que não
fugiu à responsabilidade.

“Não importa o que a pessoa faça antes ou depois do jogo, e sim o seu desempenho dentro de campo. Talvez possa ter algum problema nos vestiários, mas
ele já era assumido para seus colegas e nunca houve problema. No fim, vemos que o futebol americano evolui como a sociedade evolui e isso é importante para a NFL”, afirmou.

Maikon Bonani, o outro brasileiro da turma (ele é de Matão, interior de São Paulo), que ano passado jogou a pré-temporada com o Tenesse Titans e já tem contrato assinado com o time para 2014, respondeu sobre a possibilidade da NFL realizar um jogo no Brasil, a exemplo do que fez a NBA ano passado, experiência que a liga de basquete já confirmou que vai repetir este ano.

“À medida que a popularidade do esporte vai crescendo no Brasil, a chance de um evento desse vir para o país aumenta. Já houve jogos amistosos no México e no
Japão, e todos os anos, a Liga está realizando jogos oficiais na Inglaterra. Sem dúvida, a NFL enxerga o Brasil e outros mercados como mercados emergentes. Creio que há uma grande chance de termos um jogo da NFL aqui no futuro”.

Perguntados sobre o que esperam dos treinamentos com atletas brasileiros acima
de 18 anos, que já jogam futebol americano, DeAngelo Williams, do Carolina Panthers disse estar ansioso.

“Como já faz cerca de um mês que não jogo, já estou com saudade de ouvir o som dos capacetes e proteções se chocando. Mal posso esperar para ver o nível dos brasileiros”, confessou.

Giacomini contou que "fez o dever de casa" e leu sobre os times que jogam o Campeonato Brasileiro (cuja última final foi na Paraíba, vencida pelo Coritiba
Crocodiles contra o João Pessoa Espectros). “Não sabia que havia tantos times no
Brasil. Ano passado levamos esse evento para a China e lá só há sete times (no Brasil há quase uma centena).

Para Thomas Keiser, do San Diego Chargers, esse tipo de evento é importante para espalhar o esporte que eles (jogadores de NFL) amam. O jogador também terminou
aumentando a expectativa dos brasileiros que sonham com uma oportunidade de jogar futebol americano na terra do Tio Sam.

“Consigo ver a paixão que existe pelo esporte aqui. Por isso também queremos observar alguns atletas que possam fazer parte dos nossos acampamentos nos Estados Unidos e dar-lhes a oportunidade de serem observados por olheiros de universidades americanas”.