ESPORTES
Morte de médico em jogo do Paraibano completa 9 anos com punição à FPF-PB
Dorivaldo Pereira passou mal durante o jogo Santa Cruz-PB x Auto Esporte-PB, no Paraibano de 2014. Morte de médico levou à condenação da Federação por danos morais.
Publicado em 12/07/2023 às 13:06 | Atualizado em 12/07/2023 às 15:19
A morte do médico Dorivaldo Pereira, que era responsável pelo Santa Cruz-PB durante o Campeonato Paraibano de 2014, completou 9 anos no último mês de abril, mais precisamente no dia 16. Nesta terça-feira a Federação Paraibana de Futebol (FPF-PB) foi condenada a pagar R$ 80 mil de indenização à família, que entrou com uma ação por danos morais. Ainda cabe recurso.
Morte de médico: entenda o caso
Dorivaldo Pereira era médico do Santa Cruz-PB e nem trabalharia naquele jogo do Tricolor contra o Auto Esporte-PB, pelo Paraibano de 2014. Acontece que o profissional escalado inicialmente para a partida acabou não comparecendo ao Estádio da Graça. Mandante no duelo, o Santa-PB, então, chamou às pressas o seu médico, que tinha 72 anos à época. Ele se dirigiu ao local, e o jogo começou com uma hora e 20 minutos de atraso.
Com três minutos de bola rolando, Dorivaldo, que era cardíaco, passou mal e precisou ser atendido pela ambulância que estava no local, mas, segundo os autos do processo, essa ambulância não tinha os equipamentos necessários para o atendimento.
Em um trecho da sentença, a juíza Maria dos Remédios Pordeus Pedrosa ressaltou que "o paciente com parada respiratória foi conduzido sem oxigênio no trajeto até o hospital, já dando entrada com parada cardiorrespiratória, sem que a ambulância tivesse um desfibrilador para proceder a reanimação, caso necessária fosse”.
Dorivaldo foi encaminhado ao hospital Dom Rodrigo, mas morreu pouco depois que chegou à unidade de saúde.
Os filhos de Dorivaldo Pereira entraram na justiça contra a FPF-PB, pedindo indenização por danos morais pela morte do pai. A ação tramitou na 2ª Vara Mista de Santa Rita e a condenação foi de R$ 80 mil em indenização. A entidade recorreu, alegando que não poderia ser responsabilizada civilmente pelo evento doloso. No julgamento do recurso, que aconteceu nesta terça-feira, a condenação foi mantida. Ainda cabe um novo recurso. A FPF-PB não se pronunciou se recorrerá novamente.
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