ESPORTES
Nacional de Cabedelo abriu as portas
Neto Dinamite começou a carreira nas divisões de base do Botafogo-PB. E não era qualquer um.
Publicado em 17/06/2012 às 8:00
Neto Dinamite começou a carreira nas divisões de base do Botafogo-PB. E não era qualquer um. Destaque do time que ganhou tudo até chegar aos profissionais (foi campeão paraibano infantil, juvenil e júnior). O problema é que quando subiu aos profissionais, no início da década de 1990, encontrou uma concorrência grande.
“Eu era o terceiro goleiro. Pedrinho e Silvar eram dois grandes goleiros, ídolos da torcida. Por isso o clube achou melhor me emprestar”, disse Neto.
Era o destino mais uma vez trabalhando a favor de Neto. O time escolhido para o garoto ganhar experiência foi justamente o Nacional de Cabedelo. O duelo com Roberto Dinamite, no Torneio Início, era a estreia de Neto. E até hoje o momento mais marcante de sua vida. “É claro que vivi outras experiências no futebol. Mas sem dúvida aquele pênalti foi um momento especial”.
Tanto que o goleiro lembra até hoje o time do Nacional de 1991.
“Era uma formação diferente. A gente só jogava com um volante, o Lúcio, que depois virou secretário de Esportes de Cabedelo. O meio campo tinha o Maurício, que hoje é técnico aqui na Paraíba. E jogávamos com três atacantes, um ponta direita, um centroavante e um ponta esquerda”.
O time do Nacional de Cabedelo que enfrentou Roberto Dinamite no Torneio Início foi este: Neto, Chiquinho, Almir, Pepe e Ramos; Lúcio, Inglês e Maurício Cabedelo; Cal, Lima e Gildo.
Neto se recorda, no entanto, de um outro momento inesquecível em sua carreira. E mais uma vez, o Vasco entrou em sua história - não o carioca, mas sim o sergipano.
“Fui campeão do Campeonato Sergipano da 2ª Divisão pelo Vasco, em 1996. Foi outro momento importante na minha carreira. Ao lado do pênalti defendido do Roberto, foram as duas coisas mais marcantes na minha vida”, dispara o goleiro.
Neto perambulou por vários clubes pequenos do Nordeste. Na Paraíba, jogou ainda no Auto Esporte, Santa Cruz de Santa Rita e o Santos de Tereré. Vestiu também as camisas de Estudantes de Timbaúba, Parnamirim, Vasco-SE, Corinthians-AL e Cruzeiro-AL.
O APELIDO
Neto nunca se incomodou em incorporar o apelido Dinamite. Pelo contrário. Sempre foi marca de orgulho por lembrar o maior feito de sua carreira. Ironicamente, ele sempre teve o atacante vascaíno como um adversário.
“Quando criança era torcedor do Flamengo e vi várias vezes Roberto marcar gols contra o meu time. Nunca imaginei um dia enfrentá-lo”, reconheceu.
O apelido foi dado por uma dupla de radialistas paraibanos que transmitia o Torneio Início de 1991. Assim que o goleiro defendeu a cobrança do pênalti, passaram a chamá-lo de Neto Dinamite.
“Isso foi coisa do (repórter) João de Souza e do (comentarista) Ivan Bezerra. Eles passaram a me chamar de Dinamite desde aquela época e o apelido pegou”, lembra Neto, se referindo aos dois radialistas que até hoje militam na Rádio Tabajara.
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