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ESPORTES

Os sonhos de Victor, goleiro reserva do Brasil

A temporada de 2013 foi a mais marcante na carreira de Victor.

Publicado em 02/07/2014 às 12:23

Com atuações memoráveis e um desempenho invejável nas cobranças de pênaltis - foi decisivo nas quartas, semis e final do torneio -, o goleiro talvez tenha sido o principal responsável pelo inédito título do Atlético-MG na Libertadores. Agora na seleção brasileira, Victor sonha com algo ainda maior. Mesmo na reserva de Julio César, ele vê uma importante semelhança entre a campanha do Galo e a do Brasil na Copa: a sorte de campeão.

“No título do Atlético-MG, houve alguns sinais de que a conquista era possível. Aquele pênalti (defendido por Victor nas quartas de final da Libertadores) contra o Tijuana, aos 48 minutos do segundo tempo, foi um indicativo de que brigaríamos pelo título. É a chamada sorte de campeão. Agora na Copa, a bola na trave (no chute de Pinilla) do Chile, aos 119 minutos de jogo, foi um bom indício de que a sorte está a nosso favor. Mas é claro que aliada à qualidade e ao trabalho duro”, disse o goleiro, em entrevista coletiva ontem, na Granja Comary.

Mesmo sem entrar em campo, Victor foi personagem na classificação brasileira contra os chilenos, no último sábado, no Mineirão. Antes da disputa por pênaltis, o goleiro se aproximou de Julio César e ofereceu um terço para o camisa 12 levar para a baliza. Deu certo.

“Existe fé e superstição. No caso, levo para o lado da fé. Sou uma pessoa religiosa e tento reforçar meu lado espiritual para cada partida. Não tenho costume de levar meu terço para dentro de campo. Tomei essa decisão no vestiário. Sabia das dificuldades do jogo. Foi uma forma que encontrei para tentar fortalecer os companheiros por meio de orações. Falei com o Julio César e perguntei se ele gostaria de levar para o gol. Ele prontamente decidiu levar. Foi um reforço. Mas não podemos deixar de enaltecer a qualidade do Julio, que se preparou para isso, e tenho certeza que ele ainda vai nos ajudar muito”, disse.

Victor também não vê problema no fato de Julio César ter sido flagrado aos prantos antes da decisão por pênaltis. O goleiro saiu em defesa do colega e viu o ato como uma forma de motivação.

“O pessoal está colocando a questão emocional como um peso.

Não vejo dessa forma. Os jogadores estão vivendo essa Copa de forma muito intensa. Às vezes extravasam no choro. Isso é uma forma de motivação. Antes das cobranças, o Julio chorou, mas fez o que fez. Muita gente torcendo, responsabilidade grande, mas é transformado em motivação.


Victor lembra do pênalti defendido contra o Tijuana nas quartas de final da Libertadores com o momento vivido pela Seleção contra o Chile. Religioso, disse que a fé que tem acaba contagiando o grupo na Copa do Mundo

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Jornal da Paraíba

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