ESPORTES
Conheça os 13 atletas paraibanos nas Paralimpíadas de Tóquio 2020
A representação também está nas comissões técnicas destas modalidades, com dez paraibanos. O evento acontece de 24 agosto a 5 de setembro.
Publicado em 12/08/2021 às 16:20 | Atualizado em 18/04/2023 às 15:12
Por Raniery Soares
Com um grande potencial e expectativa de medalhas, 13 atletas paralímpicos paraibanos estarão nas disputas em sete modalidades. A representação também está nas comissões técnicas destas modalidades, com dez paraibanos. As Paralimpíadas acontecem de 24 agosto a 5 de setembro e terá 422 brasileiros competindo em busca de medalhas para o país.
Um dos destaques é Petrúcio Ferreira, do Atletismo, que na Rio 2016 conquistou uma medalha de ouro (100m) e duas de prata (400m e revezamento 4x100m).
Conheça os paraibanos que estarão nas Paralimpíadas:
Aílton Andrade - Halterofilismo
Ailton sofreu de paralisia infantil no momento de seu nascimento, após um erro médico e a aplicação de bezetacil no nervo ciático, que atrofiou sua perna esquerda. Conheceu o halterofilismo por um amigo, que já estava na modalidade e o convidou para fazer uma visita onde treinava. Conquistou uma prata no Regional das Américas, na Colômbia, em 2018. No ano seguinte, ficou com uma medalha de bronze no Parapan de Lima, no Peru.
Ariosvaldo Fernandes - Atletismo
Nascido em Campina Grande, "Parré" como é conhecido, já representou o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos do Rio 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019, conquistando 11 medalhas, sendo seis de ouro, cinco de prata e uma de bronze, esta última no Mundial de Lion em 2011.
Cícero Valdiran - Lançamento de Dardo
Cícero nasceu com uma má-formação congênita bilateral nos pés. Em 2011, foi abordado na rua por uma pessoa com deficiência, que o convidou para conhecer o paradesporto. O atleta iniciou na natação e migrou para o atletismo em 2013. Uma das suas principais conquistas foi uma medalha de ouro no lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.
Damião Robson - Futebol de 5
Sofreu um acidente com arma de fogo aos 16 anos e perdeu a visão. Sempre jogou futebol e, aos 18, começou a praticar o futebol de 5. Damião está na seleção brasileira da modalidade desde 2004 e esta será a sua quarta paralimpíada.
Emerson Silva - Goalball
O paraibano Emerson Silva integrou a equipe vice-campeã na Hungria e foi convocado para vestir a camisa da Seleção nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, onde conquistou uma medalha de ouro.
Joeferson Marinho - Atletismo
Joeferson nasceu com albinismo. Aos 3 anos, foi diagnosticado com baixa visão. Começou no atletismo aos 9 anos, como brincadeira. Passou a competir nas Paralímpiadas Escolares em 2013. Com os bons resultados, passou a se dedicar mais a modalidade e foi apresentado a Pedrinho, seu atual técnico, em 2016, com quem passou a treinar
José Roberto - Goalball
Nasceu cego e iniciou sua jornada esportiva cedo, aos 9 anos. Assim como diversos outros atletas paralímpicos, não achou sua vocação rapidamente. Passou pelo atletismo, pelo futsal e pela natação antes de chegar ao goalball, onde acabou se tornando um medalhista paralímpico com a prata conquistada em Londres 2012. Quatro anos depois, no Rio 2016, voltou a subir ao pódio ao ajudar o Brasil a ficar com o bronze. José Roberto também integrou a seleção que conquistou os ouros nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, em 2015, de Guadalajara, em 2011, e no Mundial da IBSA na Finlândia, em 2014.
Luan Lacerda - Futebol de 5
O paraibano começou a jogar futsal aos 8 anos de idade. Em 2013, após um convite feito por Damião Robson, entrou para o mundo do futebol de 5. Desde então, vem sendo convocado para a seleção e é um dos nomes de confiança do técnico e ex-goleiro Fábio Luiz Vasconcelos.
Matheus Costa - Futebol de 5
Um amigo, que era goleiro de futebol de 5, o convidou para conhecer a modalidade em 2012. Foi convocado para Seleção pela primeira vez em março de 2018. Integrou a delegação que disputou o Parapan de Lima em 2019 e a Copa América de São Paulo.
Petrúcio Ferreira - Atletismo
Petrúcio sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo. O paraibano gostava de jogar futsal e sempre foi muito rápido, e a velocidade chamou a atenção de um treinador. Petrúcio foi ouro nos 100m e nos 400m e prata no revezamento 4x100m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, além de ser ouro nos 100m e nos 400m no Mundial de Atletismo, em Dubai. Na semifinal dos 100m, bateu o recorde mundial e se tornou o atleta paralímpico mais rápido do mundo, com 10s42. Tóquio é a sua segunda olimpíada. Na Rio 2016, conquistou uma medalha de ouro (100m) e duas de prata (400m e revezamento 4x100m).
Ronystony Cordeiro - Natação
Nascido em João Pessoa, mas radicado em São Paulo, Ronystony Cordeiro vai para a sua terceira Paralimpíada. Ele representou o Brasil em Londres-2012 e Rio-2016. Com um nome curioso, ele conta que seus pais planejaram chamá-lo de Daniel, até que seu padrinho sugeriu o nome Ronystony. Embora não tenha certeza de suas origens, ele suspeita que possa ser um viés brasileiro no nome da banda britânica de rock The Rolling Stones. O paraibano sofreu uma lesão cervical em 2004 após se envolver em um acidente de bicicleta.
Silvana Fernandes - Taekwondo
Natural de São Bento, no interior paraibano, Silvana nasceu com má-formação no braço direito. Aos 15 anos, começou a praticar atletismo no lançamento de dardo. Em 2018, enquanto competia na regional norte-nordeste do Circuito Brasil Loterias Caixa em Aracaju, foi convidada para conhecer o parataekwondo. No ano seguinte, migrou para a modalidade e já faturou o ouro na categoria até 58kg nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.
Wilians Araújo - Judô
Aos 10 anos de idade, o hoje judoca da seleção paralímpica brasileira brincava com a espingarda de chumbinho do seu pai, na casa da família, quando a arma disparou contra o seu próprio rosto. Conquistou a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro, representando seu país na categoria mais de 100 kg masculino.
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